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Mais um trecho é percorrido

  • - Reportagem do Folhasete está contando a realidade das águas que abastecem a cidade. Cada etapa do trajeto demonstra a falta de cuidado com o rio

Na quarta reportagem especial sobre o rio Caçador, fonte de vida e principal recurso hídrico para o abastecimento da cidade de Seara, percorremos um dos trechos que mais sofrem e causam transtornos em períodos de enchentes e chuvas torrenciais.

Entre o final do bairro Industrial e início do bairro São João a situação em dias de forte precipitação é crítica.   
Partimos próximo à ponte na rua Sete de Setembro, ao lado do estacionamento da JBS, onde já se verifica o rio canalizado e com muros de contenção limitando a passagem da água. Também há o registro de lixo no leito como plásticos e o despejo de esgoto. Em uma das margens ainda há um pouco de mata ciliar, mas ela desaparece por completo alguns metros abaixo. Em um trecho de cerca de 500 a 600 metros a partir do ponto de partida, o rio Caçador passa literalmente por dentro da maior empresa do município: a JBS. Nesse percurso, a mata ciliar às margens não existe e em muitos pontos o leito foi canalizado. Em épocas de cheias, inundações são inevitáveis.
Outro local problemático é logo após A ponte no início da rua Concórdia. Esgoto e lixo, principalmente plástico, latas e até madeira, foram encontrados. Isso que muita coisa foi levada embora pelas últimas enxurradas, inclusive parte de um murro de contenção. E devido às constantes inundações e também por questão de espaço, uma empresa que estava instalada em frente ao Posto Biffi mudou de local. A Auto Elétrica Filippi teve prejuízos em várias enchentes, mas nada se compara à enxurrada de 2015, onde muita coisa foi perdida, segundo o proprietário Sidinei Filippi. "O problema foi um container próximo da balança da JBS que impedia o escoamento da água, que foi invadindo tudo e alagando a loja. Perdemos muitas peças, equipamentos, documentos, notas, entre outros itens", explica Filippi, que a há cerca de seis meses reabriu a empresa no final da avenida Paludo, na saída para Itá. O empresário ressalta que, quanto ao Caçador, "ele é muito útil, importantíssimo e precisamos mantê-lo limpo para que não atrapalhe ninguém. O problema é quando se muda o seu curso, se polui as águas, se faz construções sobre o rio e outras agressões ao meio ambiente".
Ao longo do curso do Caçado volta-se a perceber mais vegetação nas margens a partir da rua Grápia, já no bairro São João, onde dona Catarina Lovato, moradora ribeirinha, ressalta que "também já passamos por alagamentos. É preciso cuidar do rio e estarmos atentos".
Água que segue
Nosso ponto de parada nesta etapa foi próximo à garagem da prefeitura, na rua Prefeito Etelvino Pedro Tumelero, no bairro São João. Nesse local a situação verificada que mais chamou atenção, além da água turva, foi com relação às cabeceiras da ponte. Em ambos os lados ocorreram desmoronamentos, mas, por enquanto, nada que atrapalhe o trânsito.

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