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Primavera e Verão

A Primavera 2016 começa às 11h21 do dia 22 de setembro de 2016 e termina dia 21 de dezembro de 2016.

Sendo a estação que antecede o Verão e sucede o Inverno é conhecida pela estação das flores.
Conforme a previsão climática da Epagri/Ciram, a nova estação promete ter normalidade de chuvas e ser marcada por dias de frio. Na primavera de 2016 a chuva estará na média ou acima da média no Oeste, Meio-Oeste e Planalto catarinense, enquanto no Litoral do Estado os totais de chuva podem variar entre na média e abaixo da média. A chuva tente a ser mais frequente, com menos períodos de estiagem, persistindo a condição de episódios isolados de precipitação significativa que podem superar o total esperado para o mês.
O meteorologista Leandro Puchalski explica que a nova estação deve continuar com neutralidade de clima. "A Primavera não deve ter influência de nenhum fenômeno. E a previsão é que tenhamos um período característico da estação. Aos poucos, os dias ficam mais quentes. Ainda ao longo da Primavera, especialmente no início. Na estação,teremos a passagem de uma ou duas massas de ar frio, mas mais fracas. E é muito característico nessa época do ano termos grandes oscilações de temperatura, principalmente de manhã e de tarde". Ressalta que os dias tendem a ter temperaturas mais amenas ao anoitecer e amanhecer, com mais calor no período da tarde.
Segundo o meteorologista, em termos de chuva a expectativa é que aconteça uma distribuição padrão. Em setembro e outubro começa o período de chuva de Primavera com totais mensais de precipitação mais elevados. Em setembro, os volumes esperados variam de 160 a 200 milímetros no Oeste, Meio-Oeste e Planalto. A maior precipitação do trimestre normalmente ocorre no mês de outubro, com totais acumulados entre 240 a 280 milímetros no Oeste e entre 180 e 200 milímetros no Meio-Oeste e Planalto. Em novembro a precipitação varia entre 170 e 180 milímetros no Oeste, enquanto as demais regiões não passam de 160 milímetros.
Durante a Primavera as pancadas de chuva forte, com temporais e queda de granizo, são mais frequentes devido à passagem de frentes frias e, principalmente, pelos Complexos Convectivos de Mesoescala, nuvens com grande extensão vertical e horizontal que atuam especialmente no Oeste e Meio-Oeste. Em setembro e outubro continua frequente o deslocamento de ciclones extratropicais pelo litoral Sul do Brasil, ocasionando ventos fortes e persistentes. Outra caraterística do trimestre são os nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade.
Com relação à estação que está terminando, destaca que houve boa variação de chuvas. "O início da estação foi de normal para menos chuva do que o padrão. E o agosto foi de dentro para cima da normalidade na maior parte do Estado, inclusive para o Oeste. Em termos de temperatura tivemos um Inverno mais frio, principalmente em junho, que foi abaixo do padrão. Em julho e agosto ficou dentro do padrão. Em junho tivemos muitos dias de sol e frio intenso, porém mais secos".
Puchalski acrescenta que em 2016 houve registro de neve, geada e dias de baixas temperaturas, características típicas do Inverno. "De uma maneira mais geral, neste ano o Inverno foi bem diferente em relação ao clima registrado no ano passado".

La Niña não deve dar as caras
Nas conversas informais do dia a dia ou no cotidiano do homem do campo, por exemplo, a previsão do tempo é tema constante. Suas mudanças, os fenômenos e as catástrofes que têm acontecido em todo o mundo chamam ainda mais a atenção da população para o clima.
Nos últimos dias houve a formação de um ciclone tropical - sistema de baixa pressão atmosférica - que se formou no Uruguai e avançou pela região Sul trazendo ventos fortes e chuva, deixando a população em alerta. Para as estações quentes do ano, a previsão é de neutralidade de fenômenos, conforme o meteorologista Leandro Puchalski. Ele acrescenta que ainda não existe a possibilidade de estiagem para a região. "No meio do Inverno tinha a possibilidade de desenvolver um La Niña ao longo da Primavera, mas nesse último boletim meteorológico é possível observar neutralidade e não tem mais esta previsão de formação do fenômeno. Isso é bom, porque afasta a possibilidade de estiagem no Verão. A falta de chuva seria mais propícia se tivéssemos o La Niña atuando".
Segundo Puchalski, ao falar sobre o clima, quanto mais distante a previsão menor é a possibilidade de acerto. "Conseguimos ter uma maior qualidade de previsão para a Primavera, que é a próxima estação. Já para o Verão estamos muito longe e as informações precisam ser atualizadas e é importante as pessoas acompanharem. Hoje, a informação que temos é que teremos uma Primavera neutra, sem a influência do La Niña, o que diminui as condições de estiagens no Verão".
O Verão 2015/2016 foi associado a períodos mais chuvosos no Sul. Isso porque o El Niño teve fortes consequências na atmosfera. No ano passado, a estação teve grandes volumes de chuvas em função do fenômeno que atuou em todo o Brasil. Leandro Puchalski ressalta a importância do acompanhamento das previsões diária, já que é possível uma melhor observação das condições climatológicas.
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.No Brasil esse fenômeno causa um grande aumento de chuvas na região Sul. Já o La Niña é um fenômeno natural que, oposto ao El Niño, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Em anos de La Niña ocorrem na região Sul secas severas e aumento das temperaturas, prejudicando as atividades agrícolas da região.

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