logo RCN

Soja como alternativa

  • - Produtor Marciano Carraro investe na terceira safra de soja

A produção de soja em Seara tem aumentado nos últimos anos. A informação é da engenheira agrônoma da unidade local da Copérdia l, Fernanda Bordignon.

Segundo ela, já são três anos em que o cultivo vem ganhando espaço, especialmente por parte de produtores que não consomem milho. "A soja se mantém sempre em um preço de médio a alto. Então, os produtores que não têm a dependência do milho acabam optando pela lavoura de soja".
A engenheira ressalta que o cultivo tem um potencial produtivo muito alto. "Mas para chegar ao nível de produção é preciso trabalhar com variedades produtivas, com adubação alta e fungicida eficiente. O principal problema da soja é a ferrugem asiática, um fungo que se tornou resistente aos fungicidas que se têm no mercado. Esses produtos são mais caros e elevam o custo de produção".
Fernanda explica que mesmo com essa exigência, o custo da lavoura de soja fica um pouco mais em conta se comparado ao milho. Acrescenta que atualmente a Copérdia tem absorvido toda a produção. "Essa soja vai para biodiesel e faz parte de um programa do Ministério da Agricultura. Os produtores precisam estar em dia com a Declaração de Aptidão do Produtor na Epagri. Os agricultores familiares que entregarem o grão para o programa, além de receberem o valor por saca, ganham R$ 1,20 no próximo ano como bônus".
De acordo com a engenheira agrônoma, cerca de 150 hectares são destinados ao cultivo no município. Esclarece que tem produtor que opta em primeiro plantar milho para silagem e depois a soja na safrinha. Outros que produzem somente a soja. O que foi plantado no final de outubro e início de novembro está em fase de florescimento. "Por enquanto a safra está desenvolvendo bem. O tempo está colaborando". Os que optarem pela safrinha devem colher em abril. "Além de ganho extra, ajuda na rotatividade de cultivos". No ano passado, a média de colheita foi de 66 sacas por hectare.
Produtor de soja em Seara, Marciano Carraro deixou o cultivo de milho para apostar em uma nova alternativa. A mudança aconteceu há três anos. Atualmente, destina 15 hectares para a cultura, com produção média de 65 sacas/ha. "Está bom até agora, mas a tendência é de melhorar".
Estabilidade
Morador de linha Bonita, Marciano Carraro declara que sempre produzia milho para venda dos grãos e optou pela mudança por obter um preço melhor. "A soja dá mais estabilidade". Reconhece que a lavoura dá mais trabalho, mas que o resultado compensa.

País deve ter produção recorde na safra 2016/2017
O terceiro prognóstico realizado pelo IBGE para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2017 estima uma produção de 213,7 milhões de toneladas, 16,1% maior que a de 2016. Todas as regiões devem ter aumentos na produção: Norte (13,4%), Nordeste (73,0%), Sudeste (11,1%), Sul (5,8%) e Centro-Oeste (20,5%).
Já a estimativa de dezembro para a safra colhida em 2016 (184 milhões de toneladas) ficou 12,2% abaixo da obtida em 2015 (209,7 milhões de toneladas). A área a ser colhida (57,1 milhões de hectares) recuou 0,9% em relação à do ano anterior. O arroz, o milho e a soja, principais produtos deste grupo, representaram 92,2% da estimativa da produção e responderam por 87,8% da área a ser colhida. Em relação a 2015, houve recuos na produção da soja (-1,8%), do arroz (-14,0%) e do milho (-25,7%).
Para 2016, a distribuição regional da produção de grão foi: Centro-Oeste, 75,1 milhões de toneladas; Sul, 73,0 milhões de toneladas; Sudeste, 19,6 milhões de toneladas; Nordeste, 9,5 milhões de toneladas e Norte, 6,7 milhões de toneladas. Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,9% no total do país, seguido pelo Paraná (19,0%) e Rio Grande do Sul (17,3%). Somados, esses três estados representaram 60,2 % do total nacional.
Há possibilidade de novo recorde na produção nacional do grão na safra 2016/2017.

Prejuízo no campo com super produção Anterior

Prejuízo no campo com super produção

Safra é a melhor dos últimos anos Próximo

Safra é a melhor dos últimos anos

Deixe seu comentário

Geral