Ano começa com as exportações em queda

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- Vendas externas em SC cresceram 7,6% no primeiro trimestre
BALANÇO Seara vendeu menos produtos para o exterior nos primeiros três meses desse ano. Itá também apresentou baixa nos negócios internacionais no primeiro trimestre.
A exemplo de 2024, o município de Seara inicia o ano com redução nas receitas obtidas com exportações. O ano passado fechou com queda de 14,8% na arrecadação com as vendas externas se comparado ao ano de 2023. E o primeiro trimestre de 2025 inicia com baixa ainda maior no volume exportado.
Em janeiro, fevereiro e março, a JBS/Seara Alimentos, principal indústria exportadora do município, lucrou US$ 15,49 milhões, o que representa 56,9% a menos do que o resultado obtido nos primeiros meses de 2024. No ano passado, a empresa exportou 16.387.560 toneladas de carnes. Já em 2025 foram vendidas 7.029.536 toneladas. Os dados foram obtidos nesta semana junto ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Seara compreende 0,4% das exportações de Santa Catarina e ocupa a 30ª posição no ranking dos exportadores catarinenses. É um dado relevante, já que por vários anos o município permaneceu no TOP 10. No país, Seara é hoje o 558º colocado.
A carne suína continua liderando as vendas ao exterior pela unidade local da Seara Alimentos, com 87% do total movimentado. Em seguida aparece a exportação de aves e miudezas, com 11%. Miudezas comestíveis de outros animais são o terceiro produto mais exportado pela empresa, o que representa 0,53%. De acordo com o Ministério da Economia, os principais destinos dos produtos searaenses foram Chile (66%), Argentina (6,8%), Hong Kong (6,6%) e Canadá (3,5%). No início de 2024 o principal comprador dos produtos da JBS/Seara Alimentos era as Filipinas.
As importações do município também diminuíram. De janeiro a março de 2024 haviam sido adquiridos US$ 167.850 em produtos do exterior. Neste ano o valor baixou para US$ 50.869. As principais aquisições são de papel e cartão, máquinas ou equipamentos para agricultura e torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes. A maior parte dos negócios acontece com a Finlândia, China e Alemanha.
As exportações de Itá, que têm como principal indústria a Gelnex, reduziram 10,9% no primeiro trimestre de 2025 na comparação ao mesmo período de 2024. Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nos primeiros três meses deste ano o município movimentou o equivalente a US$ 22 milhões, enquanto de janeiro a março do ano anterior o saldo era de US$ 24,7 milhões. A cidade aparece em 24º no ranking de Santa Catarina e como 461º colocado no país.
A gelatina e seus derivados lideram as vendas da Gelnex, com 88% do total. Em seguida aparecem as peptonas e seus derivados com 12%. Os principais destinos dos produtos itaenses são Estados Unidos (50% do montante exportado), México (15%) e Bélgica (12%).
Já as importações itaenses aumentaram o equivalente a 187%. Os principais produtos adquiridos de outros países são gelatinas e seus derivados (73%), miudezas comestíveis de animais (17%) e centrifugadores (7,3%).
Aumento
Em 2025 Santa Catarina apresentou crescimento nas vendas externas num total de 7,6%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Neste ano, o Estado movimentou o equivalente a US$ 2,7 bilhões, enquanto o valor de importações somou US$ 8,7 bilhões. Entre os principais produtos exportados, a carne de aves representa 18%, a carne suína, 14%, e geradores elétricos, 4,9%. A soja representa apenas 1,7% das vendas externas do Estado. Santa Catarina ocupa a 8ª posição no ranking nacional em exportações.
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