TARIFAÇO - Sem impacto direto

-
- Medida não afeta a produção de aves
GRÃOS E AVES Poucos reflexos instantâneos na produção regional
O recente anúncio do chamado “tarifaço” dos Estados Unidos, que eleva impostos impondo uma taxa de 50% sobre diversos produtos importados pelos norte-americanos do Brasil, não deve trazer reflexos diretos para o setor da avicultura catarinense e nem para o setor de grãos. A avaliação é do diretor-executivo Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Jorge Luiz de Lima, e do secretário da Agricultura de Seara, Renato Tumelero.
O secretário destaca que a maior parte da produção local está voltada principalmente ao abastecimento interno e vendas regionais. Segundo Tumelero, a suinocultura e a avicultura, principais atividades exportadoras locais, não estão incluídas entre os setores atingidos pela medida. “Nossa exportação é de suínos e aves e nesse momento não há impacto. A questão da madeira também não nos afeta, porque nossas produções são bastante locais e regionais”, afirmou.
Renato lembrou ainda que a produção de grãos, como milho e soja, é pequena em relação ao consumo interno. “Produzimos apenas cerca de 5% do milho que consumimos. No caso da soja, é ainda menor. Por isso, não há reflexos diretos do tarifaço aqui”, explicou.
Embora reconheça que a economia mundial esteja interligada e que efeitos indiretos possam surgir a longo prazo, afirmou que, no curto prazo, o impacto para os agricultores e produtores de Seara é mínimo ou praticamente inexistente. “O impacto direto que afeta a produção é praticamente desprezível. Aquelas grandes culturas como o café, que estão afetadas pelo tarifaço, não são nosso foco”, enfatizou o secretário. Com relação à carne bovina Renato destacou que “com o tarifaço, no primeiro momento baixou o preço, depois nivelou e agora aumentou. Sabendo-se que há uma tarifa nas exportações o preço está variando, mas é um comportamento de mercado interno”.
Já na avicultura catarinense não há impacto direto pois o Brasil não exporta frango para os EUA, destacou o Diretor Executivo Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Jorge Luiz De Lima, em entrevista ao Folhasete. Segundo ele, também não há reflexos indiretos até o momento. “Até porque o Brasil não aplicou nenhuma política de reciprocidade, o que encareceria os insumos para a gente”.
Metal e madeira
O diretor-executivo da ACAV, Jorge Luiz De Lima, enfatizou que “até agora os setores mais afetados em Santa Catarina são do metal-mecânico e da madeira”.
Deixe seu comentário