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Nenhum reflexo direto

  • - Tendência é de redução no preço do leite nos próximos meses

Impacto da medida é praticamente nulo para a região e o Estado.

As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre uma série de produtos brasileiros não deve trazer reflexos diretos para o setor leiteiro da região e do Estado. A avaliação é do gerente do Fomento Leite da Copérdia, Flávio Durante.
Ele considera o impacto direto no segmento praticamente nulo. “Do meu ponto de vista, não tem nenhum reflexo direto. Até porque, a exportação que o Brasil tem é tímida. É muito pequena. Então, nesse sentido me parece que a cadeia do leite vai ser pouco afetada”, afirmou.
Apesar disso, Durante enfatiza que alguns efeitos indiretos não estão descartados. “Se algum setor da economia for muito prejudicado, por exemplo com aumento do desemprego e redução da renda das famílias, pode haver algum reflexo no consumo de leite ou derivados”, destacou. O gerente lembrou que o cenário atual da atividade leiteira é de desafios e com necessidade de melhorias nas propriedades, planteis e equipamentos. “Os investimentos visam melhorar a escala de produção e também melhorar a qualidade do leite, tudo isso para garantir a permanência do produtor no processo”.
Com relação aos preços, a tendência para o segundo semestre de 2025 não é das melhores. “O preço do leite ainda tem uma tendência de baixa pela frente. Vamos precisar administrar esse período de queda que deve se confirmar nos próximos meses”, comenta. Uma baixa nos preços já foi anunciada nesta semana.
Um dos motivos da redução no preço do leite é a importação de derivados lácteos da Argentina e do Uruguai, que chegam ao Brasil com preços inferiores aos nacionais. “Como estamos dentro do Mercosul, há indústrias que preferem importar em vez de pagar mais pelo leite brasileiro. Quero destacar que a Cooperativa Central Aurora não adota essa prática, pois utiliza apenas leite produzido pelas cooperativas filiadas”, garantiu.
Outro ponto destacado por ele é a concentração da produção em poucas propriedades. Durante aponta que muitos pequenos produtores estão deixando a atividade, enquanto outros investem em profissionalização e aumento de produtividade. Também enfatiza a busca por uma melhor qualidade no produto entregue aos laticínios. “A indústria não faz nada com água. Ela precisa ter um leite com alto teor de sólidos (gordura) para ter rendimento na indústria e ser competitiva. Tendo isso, ela pode pagar um preço melhor ao produtor pelo litro do leite entregue”.
Além da concorrência externa, o aumento da produção nacional também pressiona o mercado. Em alguns períodos de 2025 a produção cresceu até 9% em relação ao ano anterior. “Foi um ano favorável em clima e alimentação, o que contribuiu para esse aumento”.

Profissionalização

O gerente do Fomento Leite da Copérdia, Flávio Durante, ressalta que para o produtor não resta outra alternativa a não ser profissionalizar-se na atividade. “Não haverá espaço para produtores que atuem de forma amadora. Só permanecerão na atividade aqueles com alta produtividade, qualidade e gestão eficiente”, reforçou.

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