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Motoristas relatam dificuldades

  • - Obras e condições da rodovia ampliam riscos

Obras e condições da rodovia ampliam riscos.

Trechos em meia pista, sistema de pare e siga, desvios, obras, máquinas no asfalto, pista estreita, trânsito lento. São alguns dos desafios a serem enfrentados pelos motoristas que transitam pela SC-283, de Seara até a ponte do rio Irani em Arvoredo.
A obra de revitalização da rodovia iniciou em agosto de 2024 e é executada pelo Consórcio Compasa/Ellenco, que tem prazo de conclusão de dois anos, com possibilidade de estender por mais um ano e um orçamento de cerca de R$ 136 milhões. Nesta semana, a reportagem do jornal Folhasete percorreu parte do trecho e conversou com motoristas e trabalhadores do Consórcio.
Para o caminhoneiro de Chapecó, Yuri Pelicioli, que faz o trajeto de Chapecó a Seara regularmente há cerca de dois anos transportando frutas a rodovia precisava realmente de uma reforma completa. “Está péssima, segurança zero, iluminação zero e não tem condições nenhuma de trânsito à noite e de manhã cedo quando tem neblina. Quando chove, é ainda pior”. Na visão de Pelicioli, a obra é necessária, “mas poderia ser mais organizado. Falta sinalização em alguns pontos. Eu acredito que depois de pronta vai ficar bom, mas hoje está perigoso transitar”. O motorista alertou que em vários pontos a pista está estreita, sem acostamento e o risco de acidentes é grande. “É preciso cuidado, atenção, andar devagar e com muita prudência”, ressaltou.
Júlio Silva, motorista autônomo de Chapecó, que trabalha com entregas com um veículo utilitário e utiliza a rodovia de duas a três vezes por semana, a SC-283 apresenta vários riscos reforça que “agora tá horrível. Na verdade, sempre esteve ruim. Faz 30 anos que eu moro em Chapecó, sempre faço esse trajeto e só agora que resolveram revitalizar. Demorou muito, mas acredito que vai ficar bom. No momento falta sinalização e mais orientação”. Júlio também destacou a necessidade de dirigir com cuidado, devagar e respeitar a sinalização. “É necessário manter a calma e, com cuidado, todos vamos chegar ao nosso destino”.
A reportagem do Folhasete também ouviu funcionários do Consórcio Compasa/Ellenco. O operador de trator de esteira Rickyan Dalberti informou que a obra segue, mas muitos motoristas não têm paciência de ficar esperando parados. Já Charlie Gonzales, venezuelano que está no Brasil há um bom tempo e trabalha na sinalização, especialmente controlando o pare e siga, relata que muitos não respeitam a sinalização. “Alguns inclusive são bem mal -educados”.
Pedro Grando, 62 anos, é aposentado, natural de São Miguel do Oeste. Ele está em Seara e aproveita as longas filas que se formam no momento em que o trânsito está parado para vender doces aos motoristas. Consegue um dinheiro vendendo mandolates, rapaduras e pé-de-moloque. O objetivo também é se manter ativo. “Quem para de fazer algo, para de viver”, explicou.

Liberada a instalação

A boa notícia nesta semana foi a liberação para que o Consórcio Compassa/Ellenco faça a instalação da pedreira e da usina de asfalto na região de linha Chapada-Arvoredo. O coordenador Oeste de Infraestrutura, Gilbeto Tomasi, confirmou que agora a empresa já pode se instalar, o que deve levar 90 dias. “Posteriormente será solicitada a licença de operação para que aí, sim, a obra ande a todo vapor”.

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