Sinte diz que adesão chega a 30%
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- Mobilização da categoria é parcial
Em Seara aulas não chegaram a ser paralisadas. Sindicato e Estado ainda não iniciaram negociação.
Na última terça-feira professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina iniciaram um movimento grevista por tempo indeterminado. Um dos motivos alegados é de que o Governo do Estado não teria apresentado proposta de valorização dos trabalhadores em Educação.
Entre os pontos em destaque pautados pela categoria estão a valorização da carreira com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e a descompactação da tabela salarial; a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias; e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação. Os professores também pedem a realização de um novo concurso público.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Evandro Accadrolli, “passamos 2023 negociando com o governo e não foi feita nenhuma proposta de reajuste e de carreira. Um concurso público havia sido prometido para o fim do ano passado e até o momento o edital não foi lançado. Nós buscamos diálogo com o governo para que apresente uma proposta, tendo em vista que Santa Catarina tem um dos piores salários entre todos os estados. Não temos carreira. O trabalhador não é valorizado pela sua formação, qualificação, mestrado e doutorado e tempo de serviço. Os trabalhadores recebem praticamente, de modo geral, apenas o piso nacional, que é um valor pago a um professor que tem formação de ensino médio, iniciante de carreira”. Para Acadrolli, “há uma desvalorização histórica da categoria do magistério em Santa Catarina. Também tivemos o longo período de pandemia e pós-pandemia sem reajuste de salários. A greve não é de nosso interesse, mas é a última alternativa para conseguir algo que contemple os interesses da Educação em nosso Estado”.
Conforme o coordenador estadual do Sinte, o Governo do Estado se comprometeu ainda em março de apresentar uma proposta, mas não teria cumprido a promessa. “Foi esse governo que nos empurrou para a greve. Mobilizamos todas as escolas e percebemos movimento crescente e boa adesão. O descontentamento é grande e generalizado”. Conforme Evandro Acadrolli, o governo precisa reconhecer que é necessário investir em educação básica. “Esperamos que o governador Jorginho Mello assuma o compromisso e garanta nossas reivindicações para garantir a retomada da normalidade”.
O Sinte acredita que no Estado até 30% dos professores tenham aderido à paralisação.
Na região de Seara as aulas seguem normalmente.
Posição
O Estado informou que aguarda o fim da greve para retomar as negociações. A coordenadora regional de Educação, Sandra Anater, disse que os professores da região da CRE de Seara foram responsáveis ao dialogar com os diretores. “São pessoas que realmente demonstram ter conhecimento e preoupação com a educação”.
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