Deixar o vício do cigarro melhora qualidade de vida

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- Bea comemora decisão de parar de fumar
Fumo é responsável por milhões de mortes no mundo. No Dia Mundial sem Tabaco, Folhasete entrevista searaense que participou de programa e deixou de fumar.
São cerca de 443 mortes diárias e mais de oito milhões de óbitos por ano. Um em cada dez adultos no mundo anualmente entra nesta estatística.
Esta triste realidade é provocada pelo tabagismo. Um vício que mata. Neste dia 31 de maio o assunto está novamente em evidência em função do Dia Mundial Sem Tabaco, embora o fato mereça destaque todos os dias destacando os graves riscos à saúde.
Começar a fumar é fácil, o vício se instala rapidamente, mas para livrar-se dele é mais difícil e, por vezes, a decisão chega forçosamente em decorrência de um diagnóstico doloroso e complexo. “Uma vida antes e outra depois!”. Esta é a constatação da servidora pública aposentada Beatriz Moretto de Souza Pinto, 65 anos, após parar de fumar. Bea, como é conhecida, fumou por cerca de 30 anos. Ela fez parte de um dos primeiros grupos formados em Seara no programa antitabagismo através da Secretaria Municipal da Saúde. À reportagem do Folhasete, Bea conta que foi convidada a participar, mas naquele momento não tinha interesse em largar o vício. Ela consumia um maço de cigarros por dia. “Recebi o convite e fui por curiosidade”.
Bastante resistente, ressalta que o cigarro lhe proporcionava satisfação. Mas pela curiosidade e com o auxílio disponível, livrou -se daquilo que hoje tem plena consciência de que nada positivo agregou à sua vida. E lá se vão aproximadamente 18 anos sem fumar. “Foi a melhor decisão!”, comemora. Com a medicação foi perdendo a vontade de fumar. E garante: “Foi uma mudança muito grande na minha vida. Eu recomendo o programa aos fumantes”. A ex-fumante entende que, talvez, se não fosse pelo convite recebido na época, não tivesse parado e, quem sabe, estaria enfrentando tristes consequências em relação à saúde. Mas com a decisão acertada, faz atividades físicas, viaja, curte a netinha e aproveita todos os benefícios de uma vida saudável e de qualidade. Reforça que o “prazer” de fumar é uma grande ilusão. “Não tem benefício nenhum. Só faz mal!”.
A secretária da Saúde de Seara, Luciane Culimann, destaca que o dia 31 foi instituído pela Organização Mundial de Saúde em 1987 para alertar sobre os perigos do tabagismo e promover a saúde pública. “O tabagismo é reconhecido como uma dependência química e um grave problema de saúde pública, associado a diversas doenças, como câncer, problemas cardiovasculares e respiratórios, sendo uma das maiores causas de mortes evitáveis no mundo”. E ressalta que há tratamento disponível gratuitamente para auxiliar os fumantes a se libertarem do vício. “O tratamento pode ser feito a partir das unidades básicas de saúde e no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de forma totalmente gratuita através do Sistema Único de Saúde”. Explica que o processo envolve uma abordagem multidisciplinar, que passa pelo acolhimento, uma avaliação, aconselhamento individual ou em grupo e medicação. “As pessoas que desejam cessar o uso da nicotina, podem procurar o CAPS em qualquer horário do expediente. O tratamento é baseado em uma abordagem cognitiva comportamental, uso de medicação se necessário e a Terapia de Reposição de Nicotina (TRN)”.
O tempo médio do tratamento, segundo a secretária é de quatro a seis meses. Atualmente há 12 pacientes em tratamento e acompanhamento de forma contínua.
Prevenção e conscientização
Ontem, durante o período da manhã e à tarde, a Secretaria da Saúde, através do CAPS, realizou uma ação de prevenção e combate ao uso do cigarro em frente à JBS. Profissionais do setor distribuíram material informativo em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco com objetivo de alertar os cidadãos sobre os prejuízos à saúde provocados pelo fumo e para divulgar o tratamento disponível para quem quer parar de fumar.
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