Falta de chuva afeta abastecimento

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- Transporte de água continua, apesar da precipitação de quinta-feira
Propriedades estão recebendo o transporte de água diariamente para consumo humano e animal.
As precipitações abaixo da média no mês de janeiro e na primeira quinzena de fevereiro já estão comprometendo o abastecimento de água em Seara. Conforme informações da Secretaria Municipal do Interior, dois caminhões fazem o transporte diário de água para consumo animal e de água potável para as pessoas. A chuva da última quinta-feira ajudou, mas não resolveu o problema.
O secretário Luiz Benatti destaca que os dois veículos estão trabalhando praticamente de forma ininterrupta. “Neste momento são 12 propriedades sendo abastecidas para uso animal e aproximadamente 15 famílias recebendo água potável”. As regiões com maior demanda são linha São Paulo e linha Gramado. Com relação ao abastecimento para o plantel, há procura pelo serviço em todo o interior do município. “Ainda não temos seca, mas já está complicado”.
De acordo com o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Renato Tumelero, o município entende que há a necessidade de perfuração de no mínimo três poços artesianos em pontos estratégicos para abastecimento à população rural. “Existe a solicitação no Ministério da Agricultura desde o ano passado. Vimos que há tendências de aumento de produção, mas essa instabilidade no fornecimento de água tem desestimulado o produtor. Então, a partir do momento que nós conseguirmos um abastecimento regular, talvez tenhamos novidades no estabelecimento de novas unidades de produção, principalmente de aves e de suínos”.
As pastagens e as culturas de Verão também costumam sofrer quando as chuvas se tornam escassas e de baixo volume. Conforme o secretário da Agricultura, as precipitações irregulares podem prejudicar a safrinha do milho. “Após a colheita da silagem, em muitas áreas foi feito novamente o plantio e ele está com desenvolvimento relativamente bom, principalmente naquelas áreas onde houve precipitação. No entanto, nos locais onde não houve, a planta começa a sentir os problemas de falta de umidade no terreno. Ainda é um pouco precoce. Nós estamos a poucos dias da semeadura, então uma precipitação mediana de 20 a 30 milímetros já reestabelece as condições de normalidade”.
Com relação à soja, explica que a cultura tem uma resistência um pouco maior às condições de umidade. “A soja está em um período crítico de floração e a gente torce para que ocorra essa reposição no terreno através de uma boa precipitação”. As pastagens, segundo Renato, tiveram um ataque severo de pragas nos últimos dias. “Para recuperar temos luminosidade suficiente, mas falta a umidade para recompor de maneira geral”.
Na cidade o abastecimento de água pela Casan ainda não foi comprometido. O gerente da agência local, Renato Scussel, destaca que por enquanto cem por cento do centro e dos bairros estão abastecidos, sem a necessidade de transporte de água. Se houver vários dias sem chuva nas próximas semanas poderá ocorrer a contratação de veículos para auxiliar no fornecimento de água para a população. Hoje a Companhia utiliza aproximadamente 1,5 milhão de litros por dia do poço profundo e cerca de dois milhões da barragem de captação. “A barragem esteve um pouco abaixo do nível médio, mas é porque a gente fez uma limpeza emergencial”.
A chuva desta semana ajudou a regularizar a situação, eliminando o risco de desabastecimento imediato.
Desperdício
O gerente local da Casan, Renato Scussel, pede que a população searaense economize e não desperdice água. “Evitar lavar as calçadas, carros e molhar o jardim. Também verificar possíveis vazamentos internos”. Os telefones de contato da Companhia são o 115, 0800-643-0195 ou 3452-1531. “Mas todo o atendimento é direcionado para Florianópolis e eles nos repassam as demandas”, explica Renato.
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