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Sucessão familiar e segurança no campo

  • - Callfass diz que Seara tem 1,2 mil propriedades georreferenciadas

Evento realizado em Seara reuniu produtores ligados ao agronegócio.

Ocorreu no último sábado, 18, no CTG Macanudos, o seminário Líderes Rurais, promovido pelo Sindicato Rural de Seara, Sistema Faesc e Senar. O evento era de caráter informativo aos produtores rurais. Estiveram presentes mais de 200 pessoas. Produtores rurais, diversas associações ligadas ao Agro na região, prefeitos de Seara e Xavantina, Kiko Canale e Luciano Altenhofen, também demais autoridades municipais e regionais e público em geral.

De início, foi exibido um vídeo institucional sobre as atividades do Sindicato Rural. O presidente do Senar, José Zeferino Pedrozo, também em vídeo, deixou um comentário especial antes do início das palestras.

O primeiro palestrante foi o delegado de Polícia Civil, diretor de Polícia da Fronteira da Polícia Civil de Santa Catarina (Difron) e coordenador do Centro Estadual de Apoio Operacional de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (Caoagro), Fernando Callfass. Ele explanou os sistemas utilizados pela Polícia Civil na resolução de crimes em todo o Estado. “Uma vez não tínhamos integração e comunicação entre as delegacias. Por exemplo, se ocorria furto de gado em determinado município, os delegados das outras cidades não ficavam sabendo. Hoje com o Caoagro, cuja sede fica em Chapecó, isso mudou. Se alguém for vítima de crimes em suas propriedades, procurem a Polícia Civil. Hoje temos a delegacia virtual que é um canal ótimo, pois não precisa sair de casa. Todo o crime deixa vestígio. Quanto mais cedo soubermos do crime, mais fácil será sua solução. Também temos os chamados pontos focais, que significam ter um policial atuando em cada Caoagro”.

Ocorrências


Desde o início das atividades, o Caoagro recebeu mais de duas mil ocorrências. Callfass citou que em Santa Catarina há mais de 240 mil produtores rurais georreferenciados, com apoio da Cidasc. Também há mais de 1.200 propriedades georreferenciadas em Seara, o que facilita nosso trabalho, pois com a tecnologia como aliada, fica fácil de acessar as propriedades até com helicóptero. Temos também o ID Agro, que é o registro de propriedade de tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinário agrícola ou a executar trabalhos agrícolas. É um dispositivo de identificação sem custos. A vantagem é que se a máquina for roubada ou furtada, isso facilitará na sua identificação, consequentemente retornando ao seu dono”.

O segundo palestrante da manhã foi o desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Raulino Jacó Brüning, com o tema “planejamento sucessório familiar do produtor rural: antes tarde que nunca. Em tom de brincadeira, disse em sua fala que “para quem tem patrimônio, não é ideal ter vários casamentos ou uniões estáveis. São vários problemas que podem ocorrer se for a inventário. Desde disputas de filhos, dívidas do casal, entre outros transtornos. É muito melhor fazer um planejamento em vida do que enfrentar o inventário”.

Salientou que “há dois tipos de planejamentos: um que produz resultado imediato, que é o passamento de pai para filho. O outro é do testamento. Muitos pais tem medo de passar para o filho com medo da rejeição e do abandono, mas precisam esquecer essa ideia. Quem tem empresa, o planejamento é mais complicado por causa de sócios e futuros gestores. Na família, é um pouco mais simples. Tem que ter muito cuidado, pois o patrimônio pode cair nas mãos erradas. Seja uma ex-mulher, ex-marido ou outra pessoa que não dará o devido prosseguimento na propriedade ou empresa”.

O desembargador também cita que “quando se fala em planejamento, se fala também na documentação. Por exemplo, se um marido ou esposa morrer; aí chega no fórum para começar o inventário. Por falta de documentos, não é reconhecida a união conjugal. Aí começa um processo longo para reconhecer a união. Aí passa dois, três anos. Casa fechada, máquina parada e tudo no inventário. O patrimônio inclui também as dívidas. A partilha é algo indivisível, pois um quer uma coisa, outro quer outra coisa. Isso causa briga às vezes. Os pais não precisam distribuir a herança igualmente entre os filhos. Eles têm autonomia para dividir o patrimônio. Isso vale não só para o produtor rural, mas também na parte urbana dos municípios”.


Sucessão

Para o produtor rural Clair Gaffuri, de Linha Bonita, interior de Seara, o evento foi muito bom. “Ambas palestras foram muito interessantes. Esses eventos nos fazem pensar diferente para sabermos exatamente o que fazer. Em minha propriedade, já iniciei o planejamento sucessório”.

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