Vigilância planeja ações para conter o avanço do mosquito transmissor da doença com a elevação das temperaturas. Setor reforça que a comunidade deve fazer sua parte.

A situação da dengue em Santa Catarina preocupa bastante. Os indicativos dão conta de uma nova epidemia, segundo a coordenadora do Programa de Combate às Arboviroses de Seara, Cintia Mara Schwartz.
Com relação ao cenário no município, conforme Cintia, foi realizado um levantamento rápido e o resultado mostrou que a cidade está com baixo nível de infestação. No entanto, a coordenadora prefere ponderar. “Para mim esse resultado ficou um tanto contraditório em função do período em que ocorreu essa avaliação, pois aconteceu numa época um pouco mais fria, em setembro, e isso pode dar um falso dado em termos de infestação, porque ela acontece mesmo é no Verão”.
Até o momento, segundo Cintia, foram realizadas 464 coletas em Seara. Destas, estão confirmados 61 casos positivos para dengue. Ainda há três pessoas aguardando resultado do exame pelo Lacen. O município tem 169 focos do Aedes aegypti. “Nas duas últimas semanas tivemos aumento. Em apenas uma semana foram registrados seis novos focos. Isso é um sinal de alerta para nós devido ao volume de larvas muito acentuado. Em novembro, para se ter uma ideia, numa armadilha deu quase 140 larvas. Esse dado é bem alarmante”. Os principais pontos de positivação de focos são os bairros Industrial e São João e no Centro da cidade.
O trabalho de prevenção envolve levantamentos e monitoramento, além do tratamento. Há ainda uma constante campanha de conscientização. “A responsabilidade é de toda a população para que a gente não tenha uma nova epidemia igual a que ocorreu em 2021, o que é bem possível agora em 2025, por isso reforçamos o pedido para a comunidade fazer a sua parte. O básico é cuidar de suas casas e terrenos e não deixar objetos que acumulem água, porque com o aumento das temperaturas o ambiente fica propício para o mosquito nascer e se proliferar”.

Estado e país

Em 2024 Santa Catarina registrou 366.272 casos prováveis de dengue e 336 mortes associadas ao vírus. Foram confirmados 48.814 focos do mosquito Aedes aegypti em 254 municípios, sendo que 172 deles são considerados infestados. O Estado está em alerta e pede a colaboração dos catarinenses para combater o mosquito transmissor da doença. Já o país teve 6,5 milhões de casos prováveis em 2024, um aumento de 306% na comparação com 2023.