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Negociação na semana que vem

A rodada de negociação para discussão do reajuste salarial dos trabalhadores da JBS e Icasa ainda não foi marcada pelo patronal, conforme informações do Sintracarne e Fetiaesc.

O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Indústrias da Alimentação e Afins de Santa Catarina, Miguel Padilha, informou nesta semana que "fizemos uma reunião no Ministério do Trabalho, mas não avançou. Entramos em dissídio no Tribunal do Trabalho e agora estamos aguardando a empresa marcar a rodada".
A informação foi confirmada pelo presidente do Sintracarne, Gilberto Weber. "O dissídio coletivo é necessário para não perdermos a data-base, que é 1o de junho", explica. Com relação à situação dos trabalhadores com a demora no acerto, Miguel Padilha garante que não há prejuízos. "Após o fechamento do acordo o valor é retroativo, pois ajuizamos o dissídio. A gente sempre adota essa modalidade. Claro que toda negociação é única, mas a busca é sempre retroativa". O presidente da Fetiaesc destaca que "vamos continuar na luta pelo que o trabalhador almeja. Nem sempre se consegue tudo o que se quer, mas buscaremos o máximo possível".
A aprovação da pauta salarial ocorreu no dia 6 de maio. Conforme o roll de reivindicações, a categoria está pedindo um ajuste salarial com base no índice da inflação do período e mais 3% de ganho real aos trabalhadores efetivados. Para o piso de ingresso, que atualmente está fixado em R$ 1.104, a solicitação é de que o valor suba para no mínimo R$ 1.203. Nas cestas básicas, que somam 12 no ano, mais uma cesta especial de Natal, a proposta é de que estas sejam de R$ 100 cada. Além disso, o Sintracarne, com apoio da Federação, negocia a correção do vale-alimentação, do Prêmio de Participação nos Resultados, adicional por tempo de serviço e insalubridade, entre outros itens, com a renovação das 44 cláusulas sociais. A proposta beneficia em torno de 3,1 mil funcionários da unidade de Seara, além de funcionários de outras unidades do Estado.
Posição
Sobre os reflexos das delações premiadas feitas pelos donos da JBS, tanto o presidente da Fetiaesc, Miguel Padilha, quanto o líder do Sintracarne, Gilberto Weber, declararam que não se manifestarão sobre o assunto neste momento, justificando que a prioridade é a negociação salarial.

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