Alternativa para coleta de carcaças

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- Estrutura está pronta, faltando somente parte do maquinário para iniciar operação
Empreendimento em Marema atenderá Seara e cidades da região.
Um problema antigo de Seara e região veio à tona na primeira sessão do Legislativo na segunda-feira, 3 de fevereiro: o recolhimento e destinação de carcaças de animais mortos nas propriedades. A mortalidade no processo de produção é rotina.
Inevitavelmente uma parcela dos bovinos, suínos e aves produzidos morre e necessita de descarte de forma segura, prática e ambientalmente correta. Houve uma tentativa anteriormente de uma empresa instalada em Seara prestar esse serviço, mas o processo foi interrompido sob a justificativa de que os valores recebidos não eram suficientes para cobrir os custos operacionais.
A boa notícia é de que um novo empreendimento está sendo viabilizado na cidade de Marema, município localizado a cerca de 80 quilômetros de Seara, na tentativa de solucionar a questão. Trata-se da Recifert Gorduras e Fertilizantes. O proprietário, Clodoaldo Dalmolin, de Concórdia, concedeu entrevista ao Folhasete nesta semana. Ele informou que a instalação da empresa está 70% concluída. Somente três maquinários estão faltando para que o serviço possa iniciar efetivamente. “Nós vamos fechar essa parceria com os municípios onde há mais demanda na mortalidade de animais. E Seara é um deles”.
O investimento na montagem da estrutura, que fará o ciclo completo do processo, ultrapassa R$ 12 milhões. “Um caminhão estará diariamente em Seara para fazer o recolhimento. Faremos uma parceria com o município e com a Cidasc”. A previsão para o início dos trabalhos é de aproximadamente 90 dias. “Estamos na dependência das últimas máquinas chegarem que deveriam ter sido entregues ainda em dezembro. Os barracões estão prontos”.
A falta de descarte correto do material é um problema grave. “Hoje morrem mais de 100 toneladas de animais/dia em Santa Catarina. E esse levantamento fizemos em 2018”. Boa parcela ainda não tem destinação.
Viabilidade
A viabilidade do negócio, segundo o empresário Clodoaldo Dalmolin, é que 100% do animal morto será reaproveitado nessa operação. Explica que a parte de gordura vai virar biodiesel. “O restante, como a legislação não permite que a farinha de carne seja utilizada na alimentação dos bichos, será transformada em fertilizante 100% orgânico, sem odor. É um produto inovador. Inclusive ganhamos o prêmio FINEP com esse fertilizante. A empresa também não vai gerar resíduos, o que é muito importante e estará ajudando o próprio Estado fazendo tudo dentro das normas do MAPA”.
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