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DIA DOS NAMORADOS - Tecnologia pode aproximar pessoas

  • - Psicóloga searaense, Catieli Paludo

Por outro lado, a internet também pode provocar distanciamento ainda maior.

O clima de romance já está no ar. O comércio, de forma geral, tem direcionado seus holofotes às sugestões de presentes aos casais apaixonados, porque 12 de junho é o Dia dos Namorados - ou dos que estão enamorados.

Mas será que as relações pessoais têm seguido a tradição? Com a vertiginosa evolução das tecnologias, os namoros seguem no mesmo ritmo e padrões? O Folhasete conversou com a psicóloga searaense Catieli Paludo para falar sobre as novas relações. A questão central é: As redes sociais ajudam ou dificultam as relações entre as pessoas?

De acordo com Catieli, “o que a história mostra é que a introdução das novas tecnologias influencia a vida dos indivíduos. É evidente que elas têm causado impactos na vida das pessoas e, no caso das redes sociais, estas podem ou não influenciar todas as relações por nós estabelecidas, inclusive a relação conjugal”. Ela pontua que “as redes sociais foram criadas com o intuito de conectar as pessoas, o que realmente pode vir a acontecer. Hoje temos a facilidade de nos conectarmos com pessoas, ficarmos mais próximos, potencializando assim a interação”.

Em termos de relacionamento e das implicações no viver amorosamente, um ponto a ser destacado é a comunicação, que pode ocorrer de forma adequada, distorcida ou até mesmo falha. E, neste sentido, as redes sociais influenciam de forma significativa. Atualmente existem diversas ferramentas que, se por um lado contribuem para expandir meios de os casais de solucionarem problemas práticos e facilitar sua comunicação, por outro podem ter profundas implicações na má comunicação dos mesmos”.

Comenta que estudos recentes, bem como constatação nos próprios atendimentos do dia a dia, mostram que as redes sociais podem se tornar problema quando envolve ciúmes, isolamento por parte de um dos enamorados e até mesmo a falta de trocas como um todo, servindo de estímulo para desentendimentos entre os casais. “É preciso o conhecimento dos limites para se manter uma relação saudável e estável, onde haja diálogo e entendimentos, o famoso equilíbrio”.

Sobre os motivos que levam as pessoas a se relacionarem pelas redes, elenca “a facilidade de não ter a exposição, bem como de ocorrer em qualquer espaço físico, sem a necessidade de uma produção ou um ambiente para desenvolver o texto, o áudio ou a imagem, possibilitando ainda a facilidade em não dar sequência ao que se iniciou e não preencheu sua expectativa”. Sobre as faixas etárias que buscam mais as redes para se relacionar, afirma que é bastante comum ouvir relatos de todas as idades. “O que assusta é que já atendi muitos casos em que as pessoas um pouco mais maduras foram vítimas de golpes”.

Há perigos para quem busca este tipo de relacionamento. “Embora possam ser tão fortes quanto laços que constroem no mundo real, os relacionamentos virtuais estão sujeitos à insegurança do anonimato que a internet proporciona, colocando em risco a segurança, bem como tudo o que fora compartilhado. As expectativas irrealistas também costumam ser frequentes, tendo em vista a facilidade de múltiplas modificações que possam ser feitas por meio de programas”.

Muitos relacionamentos a distância, mesmo assim, podem dar certo. “Me arrisco dizer que uma das vantagens possa estar na praticidade do cotidiano. Você tem um parceiro(a), mas pelo fato de não ter no seu cotidiano a presença física, te faz sentir mais livre no desempenhar das tarefas e isso também diminui a necessidade de utilizar algumas habilidades sociais para manter a boa convivência”. Por outro lado, salienta que o fator negativo “é não ter a pessoa querida em momentos únicos da nossa vida”.


Equilíbrio

A psicóloga Catieli Paludo abre parênteses para questões importantes dentro do universo virtual e as relações. “Ressalto o quão importante é a comunicação em todas as relações que estabelecemos. Os meios digitais favorecem, mas também colaboram para um afastamento das relações físicas. Podemos pensar em estratégias construtivas para melhorar de forma respeitosa nossos relacionamentos. Quando se tem clareza sobre a corresponsabilidade dos cônjuges e a responsabilidade afetiva, tudo fica mais fácil. Lembrem-se de viver a vida off-line, fazer com que a realidade possa ser tão boa ou mais que a virtual”.

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