PREVISÃO Estação que inicia dia 20 de junho terá a perda de força do Fenômeno El Niño e a chegada do La Niña. Baixas temperaturas serão interlacadas por dias mais quentes.

​A estação fria chega ao Hemisfério Sul na quinta-feira, 20 de junho, às 17h51. As previsões indicam que o início do Inverno será de normalidade climática, de acordo com o meteorologista da Acaert e da Belos FM, Leandro Puchalski.

Segundo o meteorologista, “estávamos vindo de um período de interferências do El Niño, que já vai perdendo suas configurações, por isso entramos numa condição mais neutra agora, no começo da nova estação, com tendência de um desenvolvimento do La Niña a partir de julho para agosto, principalmente para final do Inverno, com influência maior do fenômeno na Primavera e no Verão”.

Como o sistema está entrando num processo de formação e o La Niña tem características oceânicas, mas não atmosféricas ainda, “a tendência é de que a gente tenha um Inverno mais característico, podendo ter em algumas áreas menos chuvas que o normal ao longo da estação”. A preocupação é maior, conforme Puchalski, com a diminuição das precipitações pluviométricas especialmente no último trimestre do ano.

Já em termos de temperaturas, informou que estas devem permanecer na condição normal ou acima da média. “Teremos entradas de massas de ar frio, com episódios de temperaturas baixas de acordo com a época, mas não deverão ser muito frequentes. E entre elas devem ocorrer dias com maior aquecimento”.

Já nas previsões do Ciram/Epagri, não estão descartadas formação de geada ampla em Santa Catarina e episódios de neve, sobretudo no Planalto Sul. No entanto, este Inverno, conforme a meteorologia, não tem indicativo de frio duradouro. Também são esperados períodos de temperatura elevada, acima de 30 graus, caracterizando veranicos. Outra incidência natural da estação são os nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com redução de visibilidade.

Outono

O destaque maior em relação ao comportamento do Outono para a região Oeste catarinense, conforme o meteorologista Leandro Puchalski, foram as precipitações no mês de maio. “Foi um período mais chuvoso. Tivemos volumes de 200, 300 e até 400 milímetros em muitas cidades da região”, finalizou. O El Niño pode ter tido influência decisiva, por exemplo, na tragédia climática que se abateu sobre o Rio Grande do Sul.