Coreógrafa Dirlene Muraro tem levado grupos locais a diversas conquistas.

“A dança é meu propósito de vida”. É assim que Dirlene Muraro, 39 anos, professora e coreógrafa de Lindóia do Sul define o sentimento, a dedicação e inspiração que tem pela arte de dançar.
Dirlene é graduada em Educação Física pela UNC Concórdia, pós-graduada em Educação Física e Dança Escolar, e, com essa bagagem, o trabalho que começou há 17 anos está rendendo grandes resultados nas competições que participa com seus alunos. Mais do que troféus, sua atuação tem conquistado reconhecimento dentro e fora da região, projetando seu nome no cenário estadual como uma referência. Ela é prova de que quando o propósito encontra a paixão, o movimento ganha alma.
Nesta semana, a coreógrafa falou ao Folhasete sobre suas inspirações, o método de criação e os resultados. “Quando estou criando, busco tratar de temas relevantes para a sociedade. Não penso apenas em coreografias, mas em traduzir emoções”. Destaca que a alegria de uma conquista, a dor de uma perda, tudo isso pode ser explorado e sentido através do corpo em movimento. “No entanto, minha maior paixão são as danças folclóricas, onde busco demonstrar as diversas expressões culturais do Brasil e do mundo. Fazer uma coreografia requer criatividade, paciência e bastante estudo. Me inspiro não apenas em um, mas em inúmeros profissionais renomados no mundo da dança”.
O trabalho executado tem repercutido muito bem. “Trabalho com amor. Amo o que faço. Meus alunos são como meus filhos. Chamo atenção quando precisa, mas também os trato com todo carinho que merecem. Procuro constantemente ajudá-los a evoluir, respeitando seus limites. O objetivo central nunca foi a premiação, mas, sim, levar a arte da dança para todas as crianças e jovens do nosso município sem distinção”. Os alunos não pagam mensalidade. “Tudo é mantido pela Prefeitura Municipal, inclusive as viagens, o que facilita a participação de todos que gostam da dança”.
Com método atrativo e seu jeito leve e descontraído, Dirlene Muraro cativa seus aprendizes. Porém, é firme e focada. “Meus alunos não são cobrados a serem os melhores, mas a darem sempre o seu melhor”. Hoje, são cerca de 155 alunos na faixa etária entre cinco e 25 anos.
Para a coreógrafa, a dança é “a forma mais pura de expressão. É onde a mente, o corpo e a alma se alinham para contar uma história. Mais do que apenas passos e movimentos, a dança é uma linguagem universal que transcende barreiras, seja de cultura, de idade ou de idioma”. Com esses ingredientes, o resultado positivo é natural. Desde a criação do grupo, em 2008, o Dançarte obteve mais de 300 premiações em diversos festivais de dança em níveis regional, estadual e até sul-brasileiro. “Já participamos por quatro vezes do maior Festival de Dança do mundo, em Joinville, onde conquistamos duas premiações”. E em 2025 já foram 25 premiações, destacando o Festival Dança Catarina, onde todas as 14 coreografias apresentadas foram premiadas.