Produtores aceleram plantio

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- Município utiliza cerca de sete mil hectares para o cultivo do grão
MILHO Seara deve cultivar cerca de sete mil hectares do cereal. A maior parte do cultivo é utilizada para produção de silagem, principal insumo para alimentação dos animais.
O plantio da nova safra de milho em Seara iniciou em agosto. O município segue o calendário recomendado pelo Ministério da Agricultura, conforme o Zoneamento Agroclimático para Santa Catarina.
Os agricultores aproveitam a época indicada para a semeadura, consolidando o cultivo, que é essencial para a economia local. De acordo com o secretário municipal da Agricultura, Renato Tumelero, historicamente são destinados cerca de 3,5 mil hectares para a produção de silagem e outros 3,5 mil hectares para a produção de grãos. “Embora as áreas cultivadas permaneçam praticamente fixas, por estarem totalmente ocupadas, a expectativa para esta safra é otimista”.
A projeção média de colheita ultrapassa 7,2 mil quilos de grãos por hectare, com cerca de 35 toneladas de matéria por hectare destinada à silagem. “Isso representa um total estimado de 25,2 mil toneladas de milho em grãos. As nossas áreas não aumentam, mas conseguimos manter um nível elevado de produtividade”. Seara hoje conta com aproximadamente mil produtores envolvidos no cultivo do milho.
Mesmo com um cenário climático considerado estável, as chuvas recentes têm dificultado o avanço da implantação das lavouras. “Ainda assim, a perspectiva é positiva. A média projetada é de 150 sacas por hectare, patamar considerado satisfatório e dentro dos índices esperados para o Estado”.
Com a colheita das culturas de Inverno prevista para setembro e outubro, os agricultores se preparam para consolidar as lavouras de Verão. “O milho, principal destaque, segue como carro-chefe da produção rural. Torcemos para que não ocorram fenômenos climáticos adversos, como El Niño ou La Niña, que possam comprometer a safra. O calor e o cumprimento dos dias são fatores decisivos para garantir um bom resultado”.
Expectativa
Para o produtor Artelindo Cerutti, que possui cerca de 30 hectares de área plantada em linha Caçador, entre Seara e Itá, a última safra foi muito boa. “Se todos os anos fossem iguais ao ano passado poderíamos até fazer contratos. Neste ano, esperamos que se repita. Produzo cerca de 800 toneladas de silagem ao ano. Não vejo muita vantagem em vender o milho em grão. O custo é muito alto, principalmente nos insumos”. Segundo ele, cada hectare custa em torno de R$ 5 mil para produzir.
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