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Preocupação na suinocultura

As duas quedas de dez centavos cada no preço pago ao produtor de suínos integrado em Santa Catarina neste mês de janeiro não são os únicos fatores que fazem com que o período seja de alerta.

Para lideranças do setor, ainda é cedo para falar em crise. Já para produtores, a crise é permanente. Com uma situação de instabilidade, os suinocultores independentes já procuraram o governo do Estado para solicitar a redução da taxa de imposto para venda de animais vivos, a exemplo de outros estados, que baixaram o percentual de 12% para 6%. O governo ainda não se posicionou sobre o assunto, mas o objetivo é beneficiar os suinocultores que não fazem parte do sistema de integração para que possam vender os animais para outros centros consumidores com as mesmas condições de outros estados. O momento do suinocultor não é confortável diante desse cenário de desequilíbrio.

A alta do dólar influência nos preços de medicamentos e de insumos essenciais para produção da proteína animal, como farelo de soja, utilizado na reação, e o milho, tem impactado no custo de produção. Em Santa Catarina a situação é mais grave, pois aumenta a dependência por grãos vindos de fora. A previsão é que o consumo neste ano seja de seis milhões de toneladas e o agricultor catarinense deverá produzir apenas 40% deste volume. 
O presidente da Cidasc, Enori Barbieri, entende que o cenário poderá mudar com a entrada da safrinha no segundo semestre. Até lá, o produtor catarinense terá de buscar o produto na Argentina, no Uruguai ou em portos que tenham o grão importado. "A gente já vinha alertando que o primeiro semestre seria muito difícil para aqueles que necessitam do milho, que é a base de praticamente toda economia que gera o PIB agropecuário catarinense", disse. Conforme Barbieri, essa é uma consequência da baixa do preço do milho em relação à soja ocorrida no ano passado, quando a produção catarinense foi 25% menor. Já neste ano, com a alta do dólar, o milho brasileiro passou a ser competitivo no mercado externo. "Esse quadro não tem volta e o que é mais triste é que estamos com programação para embarque de milho catarinense da safra nova", acrescentou. 

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