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Comunidade do alimento é criada em Seara

  • - Valdete Boni (D) enalteceu a produção de alimentos do município

Movimento Slow Food foi apresentado na última terça-feira.

Buscando uma alimentação cada vez mais, natural, com um alimento bom, limpo e justo, foi lançada oficialmente na noite da terça-feira, dia 5, em Seara, a Comunidade do Alimento do Slow Food. O foco é na alimentação saudável e consumo consciente.
O evento foi realizado no Auditório Padre Lídio, ao lado da Igreja Matriz, e contou com uma apresentação sobre o movimento Slow Food, tendências e inovações agroalimentares, participação de especialistas da área e ao final um café colonial com produtos da agricultura familiar. Um dos organizadores do evento e porta-voz da Comunidade do Alimento, Ezequiel Giaretta, destacou que o Slow Food é um movimento mundial que busca uma produção responsável. “Dentro deste contexto surge a criação da Comunidade do Alimento em Seara. Nela estão inseridas a Fortaleza dos Queijos Coloniais de Seara e o Convívio Verde Seara”. Giaretta lembra que o Slow Food presa pelo alimento bom, de qualidade. “O Slow Food exigiu que se formasse uma comunidade. Tivemos a efetivação em Seara e pretendemos expandir para a região, valorizando o saber fazer das pessoas”.
Também esteve participando do evento o assessor da CrediSeara, Gilso Giombelli. “Precisamos pensar em comida de alta qualidade e, às vezes, por causa da correria do dia a dia, isso não é possível. Precisamos ter educação nutricional e conexão com o produtor. Precisamos aproximar o consumidor do produtor e trabalhar com biodiversidade e cultura alimentar”.
No evento foi aberta a discussão sobre “Desenvolvimento territorial: tendências das inovações agroalimentares”, com a participação do professor da UFSC, Ademir Antonio Cazella, da professora da UFFS, Valdete Boni, e da pesquisara Andréia Tecchio. Ademir Cazella abordou as novas tendências. “Na atualidade estamos entrando em um processo de revolução alimentar. O aumento da população, a urbanização e crises climáticas tem interferência direta na produção de alimentos”. Destacou que há tendências de inovação na alimentação, como a agricultura vertical; proteína alternativa à base de plantas; cultivo de células de animais - produção de carne em laboratório; e fermentação de proteína a partir de fungos e insetos. “Tudo está em processo de desenvolvimento. Ainda não sabemos como vão ser os resultados”.
Já a professora da UFFS, Valdete Boni, valorizou a produção local em baixa escala e as pequenas agroindústrias familiares. “O alimento que é produzido aqui é consumido aqui, dentro do próprio município ou na região, e muitos dos produtos têm uma memória afetiva que passa confiança por serem bem produzidos”.

Bens territoriais

A pesquisadora Andréia Tecchio também desenvolve a pesquisa Cestas de Bens e Serviços Territoriais. “É uma pesquisa que envolve diversas universidades de quatro estados do país. Essa ferramenta vai permitir fazer um diagnóstico dos ativos e recursos utilizados para o desenvolvimento da região”. Também estão incluídos no levantamento a homeopatia, fitoterapia popular, recursos renováveis como bioconstruções, silo secador, biodigestor, produção de frutas, bambu, o turismo e festas locais e regionais, além da variada gastronomia.

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