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Um ano do assalto ao Banco do Brasil

Na quinta-feira, 5 de maio, completa um ano do arrombamento à agência do Banco do Brasil de Seara.


A comunidade searaense jamais esquecerá aquela madrugada. A cidade acordou assustada pelas explosões nos cofres da agência e tiroteio pelas ruas.   
Um ano após a ação da quadrilha fortemente armada, supostamente do Paraná, muitas dúvidas, incertezas e o medo de o fato se repetir ainda persistem na comunidade local. Felizmente, não houve feridos graves na ação dos marginais.
Naquela madrugada fria de Outono a tranquilidade da pacata cidade de 17 mil habitantes foi rompida por pelo menos duas explosões e um intenso tiroteio. A quadrilha teve total controle da situação. Enquanto elementos fortemente armados com fuzil e pistolas invadiam o banco pela porta da frente e tiveram acesso ao cofre, comparsas no lado de fora usaram a população de escudo humano e receberam a Polícia Militar a tiros. Um policial ficou ferido.
A ação durou cerca de 30 minutos. Os bandidos fugiram com um valor pequeno perante ao estrago que provocaram. Fontes ligadas ao banco estimaram que foram levados não mais do que R$ 50 mil em dinheiro. Especulações à época dos fatos, no entanto, davam conta que o montante seria bem superior ao divulgado. Desde então os bandidos não foram mais vistos, apesar de deixarem vestígios, abandonarem veículos e objetos.
Na época, o helicóptero da Polícia Civil também foi utilizado nas buscas, porém ninguém foi detido. Em um ano de investigação, o Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Concórdia colheu pistas e coletou informações, mas, segundo o delegado Álvaro Weinert Opitz, o inquérito ainda não foi concluído. "Boa parte do que está faltando na conclusão do inquérito é a perícia em armamento apreendido com uma quadrilha do Paraná, que seriam os mesmo dos assaltos de Irani, possivelmente de Seara e outras cidades. Estamos aguardando a confirmação destas informações".
Em outubro de 2015, em Joinville, quatro suspeitos que eram investigados no caso dos assaltos aos bancos do Brasil e Santander em Irani foram presos.  
O delegado Álvaro Opitz menciona que "não posso afirmar que eles também teriam agido em Seara, mas também não se descarta esta possibilidade, pois o armamento e o modo de agir dos assaltantes foram similares. Somente a perícia técnica poderá confirmar e estamos na pendência dos resultados".
Questões persistem 
O delegado da DIC ressaltou ainda que "apesar de tudo o que aconteceu não temos uma versão oficial do que acontecia na frente do banco, de quantos assaltantes eram, quais veículos efetivamente utilizaram na fuga e para onde foram, ou mesmo quanto dinheiro levaram. Essas informações não conseguimos".
Lembranças ainda estão na memória das testemunhas
O dia 5 de maio de 2015 ficará na memória de Leodir Batista Christ, policial militar há quase 22 anos. Naquela madrugada, Christ, na época cabo e agora 3º sargento, e mais dois policias, os soldados Godoy e Mallagolini, faziam rondas pelo bairro Niterói quando foram informados da ação dos bandidos. Ao se aproximarem do local foram recebidos a tiros. Uma bala de fuzil atingiu o colete balísticosde Christ, que felizmente não teve maiores ferimentos. "Foi a mão de Deus que me salvou. Não tem outra explicação", enaltece Christ, relembrando com emoção do acontecimento e dizendo que guarda até hoje a ponta do projétil. Na época dos fatos constatou-se que o colete estava com o prazo de validade vencido.
Em entrevista ao FolhaSete, o sargento mencionou que "o poder de fogo dos assaltantes era muito superior, tanto é que nem atiramos, pois havia reféns eles poderiam ferir inocentes".  Na ocorrência mais tensa e de eminente risco vivenciada na carreira de policial, lembra que "temos que agradecer a Deus todos os dias e aproveitar os momentos com a família, pois o dia de amanhã a gente não sabe. Fica a certeza de um trabalho bem feito, pois, além de mim, ninguém se feriu e se algo acontecesse de mal às pessoas, ficaria para o resto da vida na nossa memória como se tivéssemos falhado".
 

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