A crise que afeta os principais setores da economia brasileira começa a mostrar seus efeitos na qualidade dos empregos em Santa Catarina.

No primeiro semestre do ano, o Estado, que vinha apresentando bons índices na geração de postos de trabalho e baixas taxas de desocupação, registrou queda no número de novas vagas.
A mesma situação é registrada em Seara. O município fechou o primeiro semestre com saldo negativo na geração de empregos e o desempenho foi ainda pior na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Seara fechou os primeiros seis meses com menos 13 postos de trabalho. No primeiro semestre de 2015 haviam sido criados 518 postos de trabalho. E na comparação com 2015 o saldo é de -531.
Enquanto em 2015 foram 1.802 admissões no período, em 2016 foram apenas 1.282. Ainda no semestre aconteceram 1.295 desligamentos, 11 a mais que no ano passado. A diminuição de contratação é clara e segue a tendência nacional de desemprego. Os dados demonstram que o município manteve a média de demissões, mas deixou de realizar uma quantidade significativa de novas admissões.
Neste ano foram contratadas 205 pessoas para o primeiro emprego, 1.602 para reemprego e 15 por contrato de trabalho com prazo determinado. Entre os desligamentos, 384 foram sem justa causa, 118 com justa causa, 690 a pedido, quatro por mortes e um por término de contrato.
Entre as ocupações que mais contrataram o destaque são alimentador de linha de produção, carregador (veículos de transporte terrestre), motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais), assistente administrativo, faxineiro e auxiliar de escritório. No ranking das que mais tiveram demissões, não há muita alteração. Em primeiro aparece alimentador de linha de produção. Na sequência estão motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais), carregador (veículos de transportes terrestres), desossador, faxineiro e vendedor de comércio varejista.
Números negativos
A microrregião de Concórdia, a qual Seara pertence, também fechou o ano com saldo negativo na geração de emprego. Foram menos 28 postos de trabalho no primeiro semestre deste ano. Se comparado com 2015, o número sobe para menos 1.301. No Estado a queda também foi significativa, caindo de 11.845 postos criados no primeiro semestre do ano passado para 7.676 vagas fechadas neste ano. E no país os saldos negativos já registrados em 2015 só se agravaram em 2016.