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Momento é de reação positiva

  • - Expectativa para depois do fim do trimestre é positiva com recuperação nos preços do suíno

Nas últimas semanas houve reajustes para integrados e no mercado independente.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, avalia para o Folhasete o momento atual da suinocultura em Santa Catarina e também no Brasil. Nos últimos dias houve reajustes nos preços pagos aos produtores independentes e integrados, mas os valores ainda não são suficientes para cobrir os custos de produção, segundo lideranças do setor.

Losivanio destaca que “o mercado do produtor independente teve reação. Isso era esperado e mais que necessário, pois desde o fim do primeiro trimestre de 2021 começaram os prejuízos, agravados no ano passado. O início de 2023 também foi ruim. Por mais que tenha havido melhora no preço, não chegamos ainda ao custo de produção. Há um passivo muito forte para pagar em relação ao ano passado. Acredito que teremos uma melhora, mas ainda aquém do que o produtor necessita para continuar na atividade”.

O presidente da ACCS salienta que muitos produtores independentes estão deixando a atividade e isso prejudicará indústrias que não atuam no modelo de integração. O cenário não mudará tão cedo, conforme Losivanio. “Santa Catarina tinha déficit de quatro milhões de toneladas de milho e já está passando disto. Somos o maior produtor de suínos, o segundo maior em frangos e o quarto na produção de leite. Vemos que há muita demanda por grãos, o que aumenta os custos de produção”.

A expectativa para depois do fim do trimestre é positiva na recuperação de preços. “O mercado internacional está comprando mais. O foco é na Ásia, em países como Índia e China e também outras nações que estão voltando aos negócios”. As ações da ACCS têm foco nas políticas para o setor na área tributária. “Combatemos principalmente o aumento da tributação. Pleiteamos o zeramento de PIS e Cofins para importação de grãos do Paraguai, pois o imposto é caro. Na área ambiental temos atividades com as demais federações e entidades para atender as necessidades do agro. “Quando está tudo bem ninguém olha para a Associação. Quando o mercado piora, dizem que não fazemos nada. Por isso precisamos de mais união e participação dos produtores nas reuniões dos núcleos municipais”.

O consumo no mercado interno melhorou. No ano passado, foi em torno de 18,1 quilos per capita, o que mudou um pouco o cenário. “Sabemos da dificuldade do consumidor com os preços do gado. Tivemos aumento no consumo da carne suína e acreditamos que neste ano isso irá continuar. Temos que cuidar da sanidade animal. Se alguma doença atacar, a situação pode piorar com a perda de exportações”.


Sanidade

O presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi, orienta o produtor rural a só deixar entrar na propriedade quem dá assistência técnica, como os técnicos da Cidasc. “A propriedade não é para turismo. É uma empresa que precisa ser bem gerida e cuidada”, finalizou.

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