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Produção acima da média

A produção de leite em Seara é 60% superior à média nacional.

O diretor da Secretaria Municipal da Agricultura, José Reinaldo Ost, explica que a produção média nacional é entre sete e nove litros e a média searaense é de 11 a 13 litros dia por animal. "Esse incremento se deve à qualificação do produtor, melhoramento genético e incentivo à produção de pasto com os programas de distribuição de sementes, horas-máquina e pastagem perene com espécies melhoradas. Isso faz com que o produtor tenha menos matrizes, mais quantidade e qualidade. O agricultor está sendo mais profissional na produção do leite".
Conforme Ost, as famílias que investem em produção leiteira acabam tendo retorno. "Nossas áreas são reduzidas em termos de terrenos planos, mas a área está sendo melhor aproveitada para produção de matéria-prima para a bovinocultura de leite". Informou que, apesar de presente em grande parte das propriedades searaense, a produção de leite ainda não é a principal atividade no município. "Temos um grande problema, que é a falta de emissão de notas do produtor rural para que a gente realmente tenha dados reais". Reforça que o município utiliza como base os dados disponibilizados pelo IBGE. "Nas propriedades mais de ponta, a média vai de 25 a 28 litros/dia por animal".
De acordo com o diretor da Secretaria da Agricultura, os dados são baseados em animais em lactação e a média de produção, que é também regional. "Se pegarmos Concórdia, por exemplo, temos quase o mesmo índice. Se analisarmos o setor de blocos de Seara temos em torno de 23 milhões de litros de leite cadastrados. O IBGE buscou os dados no setor de fiscalização. No SIF só passaram 19 milhões de litros. Aí nós confrontamos com algumas empresas que fazem recolhimento de leite e constatamos que apenas 50% do que é coletado são comprovados por nota. O município perde em movimento econômico. Todo processo de conscientização não resolveu e só vai melhorar quando for alterado a forma de conceder os benefícios, tendo como base o que for emitido de nota".
Agricultor aposta na qualidade genética e pastagem
O agricultor Diego Biondo, de linha Santa Lúcia-Seara, apostou na atividade leiteira como uma fonte extra de renda no interior. Junto com a criação de suínos, o produtor tem em média 20 animais em lactação por ano. Explica ainda que apesar do trabalho contínuo e do excesso de chuva, que atrapalha um pouco o dia a dia, a comercialização do leite está passando por um bom momento. "Nos últimos meses melhorou, mas o custo de produção continua alto. E a questão clima interfere bastante e atrapalhou este ano". Para Biondo o preço dos insumos é o principal problema.
De acordo com Biondo, a família trabalha há aproximadamente 25 anos com a atividade leiteira e aos poucos tem se profissionalizado e investido em animais de melhor genética, assim como em pastagem de melhor qualidade. "E isso fez aumentar nossa produtividade", argumenta.
Diego Biondo declara que a produção de leite e de suínos tem a mesma importância na propriedade. Reforça que os trabalhos são realizados pela família.
 

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