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Recursos confirmados

Os agricultores familiares contarão com R$ 30 bilhões para o financiamento de projetos individuais ou coletivos destinados à produção de alimentos básicos.

O valor foi divulgado na última terça-feira pelo governo federal, durante cerimônia de anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017. Haverá crédito para os produtores e manutenção de juros abaixo da inflação. 

Os agricultores que produzem alimentos com impacto direto nos índices da inflação terão juros reduzidos para 2,5% ao ano. A taxa atual média é 5,5%. O índice atende a reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que em abril apresentou o pedido à presidenta Dilma Rousseff. No ano passado, R$ 28,9 bilhões foram oferecidos para o período 2015/2016, mas, de acordo com o MDA, apenas R$ 22 bilhões devem ser contratados até o fim da vigência do plano, no mês que vem.
Entre as prioridades do Plano Safra da Agricultura Familiar deste ano estão a ampliação da produção de alimentos saudáveis com base agroecológica, o estímulo ao plantio de produtos que contribuem para o controle da inflação e aumento da oferta de políticas públicas para a juventude rural. Para os jovens, estão previstas ações como 32 mil vagas no Pronatec Campo, instalação de mais de mil bibliotecas e destinação de 30% dos lotes nos novos projetos da reforma agrária. O decreto que cria o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural também foi assinado durante o evento, no Palácio do Planalto, em Brasília. O ministro disse que R$ 31 milhões serão destinados à assistência técnica e extensão rural.
Segundo o MDA, a agricultura familiar é responsável pela produção de cerca de 50% dos produtos da cesta básica, como arroz, feijão, batata, trigo, café e leite. As operações de custeio, que antes eram limitadas a R$ 100 mil, poderão chegar a R$ 250 mil. Nos investimentos, o valor máximo subirá de R$ 150 mil para R$ 330 mil.
O plano também contempla um seguro-agrícola com proteção de 80% da renda bruta esperada, com limite de cobertura da renda líquida de até R$ 20 mil e ampliação da cobertura do seguro para estimular a produção de hortaliças, informou o governo. As linhas específicas para os assentados da reforma agrária e para um dos grupos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão juros de 0,5% a 1,5%. O valor será de até 5,5% para as demais operações.
O presidente da Cresol CrediSeara, Valdir Magri, explica que ainda não analisou todo o plano. "Mas alguns pontos que vi me surpreenderam. Principalmente o montante. Há linhas com juros de 2,5% e mudou o teto, o que chamou minha atenção. Não esperávamos algo assim".De acordo com ele, o plano ainda está sendo analisado com mais critério pela cooperativa. "Surpreendeu positivamente".

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