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Emergência Climática foi tema do evento

  • - Público lotou o auditório do Legislativo

Meteorologista Leandro Puchalski participou do Seminário Setembro Verde.

Com o Auditório da Câmara de Vereadores de Seara lotado na tarde da quinta-feira, 17, foi realizado o seminário de encerramento da campanha Setembro Verde deste ano. O evento contou com a apresentação de vários projetos desenvolvidos pelas escolas de Seara dentro do Setembro Verde.
Também foi apresentado um apanhado geral dos 10 anos da campanha, que aborda temas diferentes em cada ano. Para encerrar o evento o destaque foi a palestra com o meteorologista Leandro Puchalski falando sobre Emergência Climática. Em pouco mais de uma hora, o especialista apresentou dados, estatísticas e fatos que comprovam que o Planeta Terra está ficando cada vez mais quente, sendo que o reflexo desse aumento médio de temperatura são os eventos climáticos frequentes.
Puchalski contextualizou que a população do Planeta tende a aumentar cada vez mais. “Precisamos de uma fonte de energia. Boa parte desta energia vem da queima de combustível fóssil, o que gera gases. Cerca de 40 bilhões de toneladas de gases, principalmente C02, são liberados na atmosfera por ano”. A consequência é a elevação de 1,5 grau na temperatura da Terra. “O aquecimento global é fato e, com isso, temos mudanças no clima do Planeta. Entramos em um período de emergência climática”, ressaltou.
Eventos climáticos extremos como enchentes e tempestades, segundo o meteorologista, que sempre ocorreram, se intensificaram. Leandro Puchalski também apresentou os dados do aquecimento global desde 1850, onde a média de temperatura era menor. “A temperatura média da Terra era mais fria, só que a partir da década de 1970 vem aumentando muito e se intensificando nos últimos anos”. E alertou que “2024 vai ser o ano mais quente da história do Planeta”.
O especialista ainda apresentou dados sobre o derretimento das geleiras. “Estamos tendo menos gelo no Continente Antártico, também consequências do aquecimento do Planeta”. Dados mostram que o nível do mar aumentou 20 centímetros ente 1901 e 2018. Como efeitos do aquecimento global estão as ondas de calor e secas que podem se tornar mais frequentes. Intensificação de ciclones tropicais e tempestades também deve ocorrer assim como tornados, que viraram situações comuns no oeste catarinense.
Já em Santa Catarina verificou-se que, em média, a temperatura aumentou um grau nas últimas décadas. “Gente, isso não é pouca coisa. É muito impactante”, reforçou.
Mas ainda há tempo para amenizar os impactos. “Reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases do efeito estufa levariam a uma desaceleração perceptível no aquecimento global em cerca de duas décadas”. Ele defendeu a criação de leis que valorizem a produção de energias limpas e renováveis. “Precisamos ter a consciência de implementar políticas públicas para minimizar os impactos. Precisamos preservar as florestas”.
Por fim, o meteorologista deixou um recado para os jovens. “Primeiro pedimos desculpas, pois o Planeta que nós, adultos, estamos deixando para o futuro de vocês não é o mais adequado, mas ainda se pode melhorar. Estudem, se dediquem a isso e cuidem da natureza. É claro que nós também devemos ajudar”.

Avaliação positiva

Um dos coordenadores da campanha Setembro Verde, Valdir Magri, destacou que “o evento concluiu as atividades deste ano com sucesso”. Neste ano a mobilização abordou o lema Clima e Futuro. “É um tema muito importante e felizmente tivemos a presença do Leandro Puchalski, um profissional capacitado e com muitos dados para engrandecer ainda mais o nosso evento”.

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