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Evento mobilizou mais de 30 mil pessoas

  • - Inovação e tecnologia à disposição dos produtores

Inovação e tecnologia à disposição dos produtores

Após mais uma edição finalizada, é possível dizer que o Tecnoeste cumpre com seu papel de informar e trazer novas tecnologias e inovações para auxiliar a vida no campo. Os seminários, palestras e oficinas reuniram grande público e agregaram conhecimento, com ideias e novas alternativas.

Com relação aos expositores, as avaliações e comentários foram de muitos negócios concretizados e boas perspectivas de vendas. Uma das novidades foi o primeiro trator 100% elétrico desenvolvido no Brasil e por uma empresa de Joinville. A máquina, exposta no estande da Agropecuária Copérdia, não faz ruído, não emite CO2, tem baixo custo de manutenção e não necessita de combustível. A autonomia da bateria varia de cinco a 10 horas, dependendo da atividade. A recarga é feita com uma estação exclusiva, que pode ser instalada em qualquer tipo de rede de energia - monofásica, bifásica e trifásica. O custo de um trator elétrico varia de R$ 260 mil a R$ 400 mil.

No Seminário do Leite, uma das principais atividades da região, discutiu-se sobre bem-estar das vacas no período do Verão com o doutor em produção animal, Emanuel Mânica, que abordou a gestão da propriedade e a sucessão familiar, com bons exemplos de produtores que estão tendo resultados com as técnicas implementadas. A família Tomazetto, de Alto Bela Vista, faz a gestão completa da propriedade com ajuda de um software, que faz os registros de cada animal. Nos últimos anos o acompanhamento individual dos bovinos de leite fez com que a produtividade, quantidade e qualidade do leite aumentassem significativamente.

Do interior de Concórdia, os Woloszyn mostraram como eles trabalham juntos e unidos. Seu Natalino, o pai, explicou que uma das razões que fez com que o filho Matheus continuasse da propriedade foi o fato de sempre dizer a ele que morar no campo é bom, que estar com a família e tomar as decisões em conjunto é importante e que lá se tem qualidade de vida, renda e projeções de futuro. Conforme o patriarca dos Woloszyn, essa mentalidade é fundamental para que aja a sucessão no campo. Matheus detalhou os processos na bovinocultura e mostrou os bons resultados que a família vem conquistando. Ao ser questionado sobre a crise na cadeia leiteira, afirmou que não são reféns do mercado, pois da forma eficiente como trabalham conseguem ter bons resultados mesmo com as recentes quedas no preço do leite.
Já no Seminário da Suinocultura, realizado na quinta-feira, 22, destaque para as perspectivas de mercado, tendências de produção, rentabilidade e biosseguridade com o analista da Embrapa Suínos e Aves, Marcos Antonio Zanella Mores, e o diretor superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa. Produtores, estudantes, empresários e profissionais da área acompanharam a programação.

O Show Tecnológico Rural aconteceu nos dias 20 a 22 de fevereiro no extenso parque do IFC em Concórdia. A Copérdia e o Instituto Federal foram os responsáveis pela organização e programação do evento, que reuniu mais de 30 mil visitantes em três dias. De acordo com o coordenador-geral da 17ª edição do Tecnoeste, Flávio Zenaro, “o sentimento é de felicidade e de dever cumprido”. Ressalta que não há dúvidas que o Tecnoeste cumpriu com o propósito de levar conhecimento, inovação, tecnologia e oportunidades aos produtores rurais. “Muitas prospecções de negócios foram feitas e os expositores ficaram satisfeitos com a visitação e com o interesse do público por novas informações”, pontua.

A partir de agora as comissões organizadoras do Show Tecnológico do Oeste já começam a se preparar para a próxima edição do evento, que vai ocorrer em 2026.

Região

O casal Ivanete e Danilo Fiordalise de linha Encruzilhada, interior de Ipumirim esteve no Tecnoeste na quarta-feira, 21. Segundo Ivanete, “em todos os eventos a gente vem e sempre tem coisas novas”. “Tá bem legal, melhor que as outras edições”, afirma seu Danilo. A família aproveitou para comprar sementes de pastagem para a propriedade.


Momento de conhecimento e aprendizado

A 17ª edição do Tecnoeste encerrou na quinta-feira, 22, em Concórdia, deixando a expectativa para os visitantes de como o setor do agronegócio estará em 2026 quando o evento voltará a ser realizado. Os três dias de exposição apresentaram soluções para produtores de pequeno, médio e grande portes visando que a propriedade rural tenha uma sucessão e a continuidade do negócio. “Quando começamos a tratar esse assunto de uma forma responsável e séria, percebemos que cada vez mais as famílias vêm para a feira com seus filhos, não importa a idade”, destaca o presidente da Copérdia, Vanduir Martini, uma das organizadoras do evento.

E se os visitantes, incluindo os alunos do Instituto Federal Catarinense (IFC) e das demais escolas da região, o qual são o futuro da gestão da propriedade rural, se encantaram com as tecnologias de máquinas, veículos, manejo de animais e cultivo de grãos, puderem entender também que a gestão começa ao manter tradições típicas do interior, como o uso de chás. Mais do que encantar pela beleza e capricho do lugar e da diversidade das espécies, o Horto Medicinal, cultivado desde as primeiras edições do Tecnoeste, pela equipe da Copérdia e da Epagri, em uma área de três mil metros quadrados, fica aberto o ano inteiro. No local são realizados palestras e treinamentos, além de visitas de diversos profissionais ligados à área de saúde.

Para a diretora do IFC Concórdia, que também é um dos organizadores do evento, Alessandra Portolan, a oportunidade de os estudantes participarem de um evento como o Tecnoeste é de vivenciar o conhecimento na prática. “É um momento único. Nossa Instituição tem orgulho de fazer parte dessa história que já acontece há tantos anos e que se tornou uma referência para o setor do agronegócio”, afirma. O IFC apresentou para os visitantes os cursos que são ofertados, além dos projetos desenvolvidos, como a meliponicultura, cães-guia e impressora 3D.

Se a tecnologia predominou em vários setores, a agregação de valor nas propriedades ficou por conta de 12 produtores e sete cooperativas, no estande da Agricultura Familiar. Uma máquina de “caça torresmo” foi a febre do lugar, com diversos jogadores conseguindo sucesso em fazer a garra abraçar os potinhos do torresmo. Flores, plantas, salame, bolachas, cucas e geleias, entre outras delícias, fizeram do lugar um dos espaços mais frequentados do Tecnoeste. Os expositores encerraram a feira com a sensação de dever cumprido e inspirados para continuarem investindo no negócio, que está lá, na propriedade rural.

O ex-presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, foi homenageado pelos 40 anos de contribuição com a coopertativa na abertura do evento.

Destaque

Outra área que ganhou um destaque especial foi a área do Meio Ambiente. Ao todo, 14 entidades que desenvolvem ações de preservação dos recursos naturais da região, instituições de ensino, consórcios, parques de conservação e órgãos públicos, como o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Polícia Ambiental, orientaram os visitantes sobre a importância de preservar o meio em que se vive. Também foram distribuídas mudas de plantas.

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