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Previsões são preocupantes

  • - Próxima safra e abastecimento podem ser afetados pela falta de chuvas

Próxima safra e abastecimento podem ser afetados pela falta de chuvas.

Após meses de muito calor e de chuvas acima da média, caraterísticas do El Niño, o Sul do Brasil poderá ter temperaturas amenas a partir do Outono e menos precipitações no Inverno de 2024. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento dos fenômenos, a possibilidade de a transição de El Niño para neutralidade acontecer entre abril e junho é de 79%. Em paralelo, há 55% de chance do La Niña se estabelecer entre junho e agosto deste ano.

A meteorologista da Epagri/Ciram, Marilene de Lima, explica que não há uma data certa para determinar o início do novo fenômeno climático. “O que já está acontecendo é um resfriamento gradativo na área de monitoramento da temperatura na superfície do mar, que ocorre no Pacífico Equatorial. Esse monitoramento já está indicando uma diminuição na área de aquecimento e com uma previsão de modelos climáticos indicando um resfriamento”. Esse período é chamado de neutralidade. O La Niña é configurado quando a temperatura da porção equatorial do Oceano Pacífico diminui pelo menos, meio grau por cinco meses consecutivos. “No fim de março e nos meses de abril e maio devemos ficar num período de neutralidade. A partir de maio já devem aparecer áreas de monitoramento com essa queda nas temperaturas nas águas do oceano. Aí começa a contagem. Se não ocorrer algum período em que a temperatura suba, ao final dos cinco meses podemos dizer que estaremos em uma La Niña que começou em maio”.

De acordo com a especialista, os meses de julho e agosto terão menos chuva na nossa região. “Entre os anos de 2020 e início de 2023 estivemos sob o efeito do La Niña que foi bem prolongada. Como consequência tivemos períodos de forte estiagem, sem chuva e muita seca no Sul do Brasil. Neste ano talvez não se sinta na mesma proporção, mas é uma condição que deixa o nosso Inverno com menos precipitação”, destaca Marilene.

A falta de chuvas e a previsão de mais frio pode impactar o agronegócio na região Sul. Quando o fenômeno atua durante os meses mais frios do ano, massas de ar polar chegam com mais facilidade e mais durabilidade, o que aumenta os riscos para fortes e abrangentes geadas. Fenômenos como geada são capazes de queimar pastos por completo, o que compromete a alimentação natural do gado, seja de corte ou leiteiro, e isso obriga o pecuarista a entrar com maior peso na alimentação com milho. Porém, se as lavouras de milho também foram comprometidas pela falta de chuva gerada pelo La Niña, a quantidade e qualidade do alimento para o gado é reduzida.


Impacto

O El Niño e o La Niña são fenômenos climáticos que podem impactar a agricultura no mundo todo. O importante é que os agricultores estejam cientes dos fenômenos e adotem medidas de prevenção e adaptação a fim de amenizar os efeitos das mudanças do clima sobre o cultivo.

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