Figura paterna é fundamental
-
- Psicóloga Patrícia Frozza
Neste domingo, Dia dos Pais, dedicamos o maior e mais forte abraço àqueles que são nosso exemplo de coragem e retidão.
Cada vez mais, a missão de pai não se restringe à função de provedor na família. Significa estar presente, participar da educação, orientar, corrigir e servir de modelo e guia na vida dos filhos.
Para falar sobre esses temas e também homenagear e celebrar todos os papais em seu dia especial, o Folhasete conversou com a psicóloga searaense Patrícia Frozza. A especialista destaca que “além das funções tradicionais designadas ao homem, como provedor do lar e figura paterna, o século 21 lhes confiou novas tarefas, que os levam a envolverem-se mais ainda na família”. Desta forma, segundo Patrícia, o papel de pai mudou em muitos aspectos. “No geral, hoje o pai tem as mesmas responsabilidades que a esposa no lar. Deve estar junto na criação dos filhos. Ele faz compras, ajuda nas tarefas escolares e transporta as crianças, entre outras atividades. Isso se deve, em parte, à inclusão da mulher no mundo do trabalho”.
Com relação à importância da figura paterna, a especialista enfatiza a constituição da personalidade e maturidade de cada indivíduo. “O papel de pai no desenvolvimento da criança e na interação com os filhos é um dos fatores decisivos para o fortalecimento cognitivo e social, facilitando a capacidade de aprendizagem e a integração da criança na comunidade e no meio em que está inserida”. Aponta que “a figura paterna traz a representatividade da ordem, da tradição e da autoridade. A ausência pode acarretar o desenvolvimento do sentimento de insegurança e manifestar graves transtornos de ansiedade, já que a construção psicoafetiva apresenta deficiências. Além disso, elas sofrem por não conseguirem desenvolver as habilidades adequadas para a convivência em sociedade, o que justifica a tendência a se isolar e não conseguir interagir de forma saudável”.
Outro fator importante, conforme a psicóloga, é a dificuldade da criança em seguir regras ou respeitar figuras de autoridade. “Com pais ausentes, elas podem não conseguir se submeter a uma figura de autoridade. Como resultado disso, podem se tornar rebeldes e adeptas à violação de regras, criando sérias consequências negativas no futuro. Por isso, o estímulo ao convívio entre pais e filhos certamente é um forte instrumento na construção e no desenvolvimento equilibrado de uma maturidade emocional saudável e livre de transtornos e traumas”. Patrícia Frozza destaca ainda que um dos maiores desafios desta interação paterna é o equilíbrio entre família e trabalho. “Muitos reclamam da falta de tempo. Frente a esse desafio vale a pena ressaltar o quão importante é revalorizar aquelas pequenas e cotidianas oportunidades - refeições, deslocamento de carro, hora de dormir e momentos de brincadeira - e tirar o maior proveito possível delas, estabelecendo uma comunicação mais íntima”.
Deixe seu comentário