TEMPO E TEMPERATURA Institutos de meteorologia dizem que o La Niña, que provoca estiagens na região, deve se configurar com pouca intensidade e mais próximo do Verão.

O início da Primavera acontece astronomicamente às 9h44 deste domingo, 22 de setembro. Para a maioria dos estados brasileiros, a mudança significa dias de calor e aumento gradual da frequência de chuva.
Em Santa Catarina, a previsão é de frentes frias no início da estação e possibilidade de temporais associados com granizo, como explica o meteorologista Leandro Puchalski. “Além das frentes frias que ainda passam no início da estação, uma característica da época do ano é a atuação de Sistemas Convectivos de Mesoescala, ou seja, nuvens muito carregadas que se formam nos países vizinhos ou até mesmo dentro de Santa Catarina, que provocam os temporais da estação associados em algumas oportunidades com granizo”.
O especialista também comenta que o volume de chuvas deve ficar dentro da normalidade para a época do ano. “No mês de outubro, no Oeste, é algo entre 170 a 230 milímetros. A expectativa é que a chuva tenha uma distribuição irregular tanto pelas cidades quanto entre os momentos de chuva”. Dados da Epagri/Ciram mostram que em novembro, os volumes diminuem, com totais de 130 a 180 milímetros em média.
Com relação às temperaturas, Leandro destaca que “como ainda temos noites frias, em algumas oportunidades é comum uma frequência maior de nevoeiros. Apesar de ter momentos de entrada de ar frio, a previsão aponta temperaturas na Primavera acima da média do ano”.
Neste momento, estamos com neutralidade do clima, sem nenhum fenômeno atuando. O La Niña deve se configurar com pouca intensidade entre a Primavera e o início do Verão. De acordo com Puchalski, será algo fraco, que não deverá permanecer por muitos meses. “Sendo assim, as influências deverão ocorrer mais do final da estação para o Verão, tradicionalmente com redução dos volumes de chuva. Se por acaso avançar no ano que vem - não é muito a tendência - poderá trazer um frio antecipado no Outono”.
As previsões iniciais eram de que o La Niña teria atuação ainda no Inverno de 2024, com influência no resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. O que se previa eram períodos de aquecimento curtos, com eventos de frio mais duradouros e, ocasionalmente, mais intensos do que o normal. A preocupação também era de estiagem, mas não se concretizou até então.

Inverno

Conforme o meteorologista Leandro Puchalski, as chuvas no Inverno ficaram abaixo da média. “A região Oeste teve em média 300 a 400 milímetros, quantidade de chuva que ficou abaixo do normal da estação, que é algo entre 390 a 570 milímetros na região. Em termos de temperatura, o Inverno foi mais típico em julho, mas no geral com temperaturas acima da média de agosto em diante apesar de ter tido dias frios e com geada neste período”.