Prefeito Beto Gonçalves se posiciona sobre cobranças em relação aos dois locais.

Quatorze anos se passaram desde a aquisição do terreno de 72 mil metros quadrados no distrito de Caraíba para instalação do novo parque industrial de Seara. A compra foi realizada pelo município em 2011, à época ao valor de R$ 180 mil.
Contudo, as tratativas para viabilização de toda infraestrutura para o local não evoluíram. Segundo matéria publicada pelo Folhasete em 2017, estava pendente a abertura de ruas, instalação de energia elétrica, drenagem e a perfuração de um poço para utilização de água potável.
O assunto costuma ser pauta das sessões da Câmara de Vereadores com certa frequência. Neste ano, alguns legisladores voltaram a cobrar do Executivo o que será feito com aquela área. Também foi sugerida a utilização do espaço para construção de um novo cemitério municipal e uma capela mortuária.
Nesta semana, a reportagem do Folhasete entrou em contato com o prefeito Beto Gonçalves. De acordo com o gestor, o município realizou um estudo do local através de uma empresa especializada. “Identificamos alguns entraves para a instalação de uma área industrial. Primeiro de tudo pela questão de logística, por ela estar numa região difícil, pois o nosso eixo principal hoje está no trajeto Chapecó-Concórdia, nos dois sentidos. Então, em direção a Itá é muito mais ligado à questão do turismo e não propriamente do transporte de cargas”. Beto acrescenta que o declive no terreno é bastante acentuado. “E há áreas de vegetação, as quais teríamos dificuldade de fazer a remoção em função de licenças ambientais. A parte aproveitável da área não daria para muitos terrenos e ainda há a questão de água e luz, que não temos no local. Por ora, se demonstrou não ser viável a instalação de uma área industrial, a menos que fosse para uma única empresa”.
Sobre a possibilidade de instalação de um novo cemitério municipal, o prefeito concorda que o local comportaria esse tipo de construção. “Inclusive pelo fato de não possuir água lá. Não tem nenhuma nascente, nada de água, uma área com solo bem seco. Então nós teríamos essa condição de, sim, de fato instalar um cemitério municipal lá. Na área aproveitável, tranquilamente caberia uma estrutura com capela mortuária e espaço para estacionamento”. Beto Gonçalves reforça que não há nenhum projeto ainda nesse sentido. “A gente está analisando todas as possibilidades”.

Rui Barbosa

Com relação à área industrial instalada na subida para Rui Barbosa e Contorno Viário, o prefeito Beto Gonçalves informou que há um processo em andamento que apura a situação de algumas empresas que supostamente não cumpriram com o que estava proposto no contrato inicial. “Após a conclusão a gente vai tomar os encaminhamentos e adotar as medidas que forem necessárias para fazer aquilo que está de acordo com a legislação”.