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Busca pela sobrevivência

A Campanha Setembro Verde deste ano tratou de um bem natural indispensável para a vida humana e que é finito: a água. Diversas ações foram desenvolvidas pelo Fórum das Entidades da Agricultura Familiar de Seara.

Uma delas foi um diagnóstico sobre a atual realidade do principal rio que abastece a cidade e várias comunidades do interior: o Caçador. O diagnóstico foi apresentado a lideranças locais e comunidade na Conferência Municipal sobre o Rio Caçador, realizada na quinta-feira, 24, no Auditório Municipal João Furlanetto.
A equipe que foi a campo em dois momentos, nos dias 11 de setembro e 11 de novembro, identificou pontos positivos, mas muitas irregularidades. Valdir Magri, um dos coordenadores do trabalho, destacou que "na nascente do rio a água é totalmente limpa e cristalina. Bebemos da água do rio e ficamos felizes, pois percebeu-se a preservação do local". Magri ressaltou que até a barragem da Casan não foi identificado nenhum problema grave, apenas a falta de mata ciliar adequada em alguns pontos. Porém, quando o curso do rio entra na cidade, o quadro se agrava. "Identificamos uma situação bem dramática em alguns pontos, com dejetos e esgoto entrando no leito do rio aparentemente sem tratamento".
Foi constatada a entrada de esgoto embaixo da ponte próximo a Câmara de Vereadores, que viria do Hospital São Roque. Atrás da Cresol e próximo à Rodoviária foram encontrados mais três pontos onde são despejados esgoto e dejetos no rio. "Além disso, percebemos muito lixo reciclável e outros objetos, como móveis e resíduos de postos de lavagem, sendo jogados no rio", completou Magri.
O diagnóstico também apontou a diminuição rápida do volume de água do Caçador após as chuvas e que o montante de água retido na barragem da Casan é incompatível com a demanda de abastecimento verificada no município.
Participação
O evento contou com representantes da Casan, Epagri, Comitê do Rio Jacutinga, Ministério Público, Executivo e Legislativo e lideranças de entidades. Ao final do evento houve debate sobre a busca por soluções com a formação de um grupo de trabalho.

Primeiras soluções são apontadas
Não só apontar os defeitos e problemas, mas se unir para buscar soluções e alternativas para melhorar a situação. Esse foi um dos principais objetivos da Conferência Municipal sobre o Rio Caçador.
Gilso Giombelli, um dos líderes da campanha Setembro Verde, apresentou alternativas apontadas como saídas sustentáveis. "A reposição da mata ciliar e a implantação do saneamento básico adequado tanto na cidade como interior, são algumas soluções. Também fazer uso racional da água e implantar cisternas são medidas viáveis para que a água não falte no futuro". Giombelli destacou que em alguns casos é necessária a intervenção do poder público e de órgãos competentes. "Mas o principal meio de transformação é a conscientização das pessoas".
A UnC Concórdia, por meio do curso de Ciências Biológicas e da professora Celi Favassa, apresentou estudos sobre o rio Caçador que também apontam a necessidade de maior preservação, com altos índices de poluição especialmente na região central da cidade. O promotor Michel Eduardo Stechinski apontou que "uma semente foi plantada em prol da qualidade da água. Todos os pontos de poluição do rio serão encaminhados ao Ministério Público, que vai acionar a Polícia Militar Ambiental. Os moradores terão que adequar o saneamento de suas residências". 

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