Domingo foi movimentado por eleitores que foram às urnas para escolher os novos conselheiros.

O Conselho Tutelar de Seara terá um novo membro. Dos cinco candidatos eleitos no último domingo, quatro já são conselheiros e foram reeleitos para continuar trabalhando na defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

Os reeleitos mais votados foram Rosane Silvestri (294 votos); Pablo Canale (286 votos); Cristina Presoto (187 votos) e Ivanete Oliveira (147 votos). Jorge Simon foi eleito pela primeira vez com 235 votos. Andriele Rezena e Aline Da Costa são as suplentes, com 112 e 106 votos cada, respectivamente.

Com participação facultativa, o pleito ocorreu das 8h às 17h. No total, 1.377 pessoas saíram de suas casas para votar na EEB Seara. Houve dois votos em branco e oito nulos. Para o munícipe Antônio Bonfin, morador do bairro Monte Castello, é importante participar, porque, assim como na política, sempre é necessária a renovação. “Precisa renovar com quem tem ideias novas e dar espaço para outras pessoas”, explicou. Já a professora Marilei Furlanetto Wronski considera fundamental a experiência dos candidatos. “Mesmo sendo facultativo, acho que todo mundo deveria participar, porque é diante dessa eleição que nós vamos garantir os direitos das nossas crianças. Então quanto mais experiência tiverem as pessoas que vão conduzir, melhor será”.

Conforme a secretária da Comissão Especial do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CMDCA), Jordane Fabrin, a presença da comunidade foi proporcional ao número de candidatos. “A gente considera até importante esse número pela quantidade de candidatos que temos nessa eleição, menor que a eleição passada”. O promotor de Justiça da Comarca de Seara, Willian Valer, também pontua o envolvimento dos cidadãos. “Tivemos uma votação, se considerado um número reduzido de candidatos, interessante. Podemos dizer que foi um número de certa forma expressivo. Muito longe do ideal, mas relevante”.

O pleito em Seara foi realizado com sete urnas eletrônicas, fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC). A totalização e divulgação dos resultados ficou a cargo da Comissão Especial. A Justiça Eleitoral prestou apoio com treinamento de mesários e técnicos, configuração dos equipamentos e suporte logístico. Coube ao Ministério Público fiscalizar o processo. “Tivemos algumas pequenas intercorrências que serão analisadas posteriormente pela Comissão, mas o que fica é uma parabenização muito especial à Comissão, que conduziu esse processo, e à Justiça Eleitoral que nos prestou todo apoio e suporte necessário. Da parte do MP, deslocamos servidores para Arvoredo e Xavantina e acompanhamos todo o pleito, sem nenhum intercorrência”, comenta o promotor.

Os conselheiros eleitos assumem em 10 de janeiro de 2024 e permanecem nos cargos por quatro anos. De acordo com Willian Valer, a função de conselheiro tutelar não é para qualquer pessoa. “Tem muita responsabilidade, justamente no trato com aqueles que são mais vulneráveis, as nossas crianças e adolescentes”. Acrescenta que “teremos uma conversa muito importante logo no início do mandato com cada um deles para que tenham a absoluta ciência da responsabilidade daquilo que estão fazendo e possam prestar um trabalho com a máxima qualidade, presteza e eficiência”.

Urnas eletrônicas

Conforme o TRE-SC, essa foi a eleição do Conselho Tutelar com maior uso de urnas eletrônicas. Ao todo, 82% das 295 cidades catarinenses aderiram ao sistema eletrônico de votação, por meio de 2.243 aparelhos. Urnas de lona com votação em cédula de papel foram a opção de 52 municípios. Para o diretor-geral do TRE-SC, Gonsalo Agostini Ribeiro, a Justiça Eleitoral vai trabalhar para que as próximas eleições dos conselhos sejam ainda mais uniformizadas.