Mês é de mobilização contra violência sexual
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- Decoração em Seara alerta a sociedade para a responsabilidade à proteção infantojuvenil
ALERTA Especialista da Polícia Civil diz que ao sinal de qualquer suspeita, deve-se fazer denúncia no Conselho Tutelar, Delegacia de Polícia ou pelo Disque 100
O abuso e a exploração sexual infantojuvenil são crimes repugnantes que privam as crianças e adolescentes de sua inocência, segurança e desenvolvimento saudável. Especialistas afirmam que 90% dos casos acontecem com pessoas conhecidas, principalmente pais, padrastos, tios, avôs, irmãos e primos. Um problema sério e presente em muitos lares brasileiros.
Conforme a psicóloga da Policia Civil de Concórdia, Francieli Benjamini, o abuso ou a exploração sexual não são como uma doença que pode ser diagnosticada, mas alguns sinais podem indicar que algo está acontecendo. Os pais devem ficar atentos, por exemplo, “quando a criança age de uma maneira sexual inadequada com um brinquedo, objetos, com outras crianças, adultos ou com animais; quando ela demonstra conhecimento ou linguagem sexual que não está de acordo com sua fase de desenvolvimento; quando ela muda de comportamento, ou seja, era quietinha e começa a ser bem falante, agressiva ou ainda era espontânea e agora não conversa mais”.
Cita ainda problemas com o sono, pesadelos, enurese noturna (eliminação involuntária de urina), mudança de personalidade e comportamentos infantis. “Pode ser também que ela não tenha mais segurança em abraçar e dar a mão, tenha medo inexplicável de determinados lugares e pessoas, se recuse a ir à escola e tenha dificuldade de aprendizagem.
Comportamento deprimido e até doenças físicas podem ser vistos, além de feridas, contusões e doenças sexualmente transmissíveis. Mas cada caso é um caso. Nem sempre as crianças vão apresentar algum comportamento diferente”.
Destaca que, ao sinal de qualquer suspeita, mesmo não tendo certeza do fato, é recomendado fazer a denúncia. “Quem vai saber se é verdade é a investigação da polícia. Qualquer suspeita, todos temos a obrigação de fazer a denúncia. Hoje temos a Lei Henry Borel, que torna crime a omissão diante de qualquer violência contra criança e adolescente. Você pode denunciar no Conselho Tutelar, na Delegacia de Polícia ou pelo disque 100”.
Profissional
De acordo com a psicóloga da Polícia Civil, Francieli Benjamini, o papel do profissional diante de uma criança que foi vítima de abuso ou exploração sexual é “em primeiro lugar e mais essencial escutá-la, dar o tempo necessário para ela pensar, elaborar e depois, sim, falar sobre o que aconteceu. Acreditar no que ela diz, mas também aceitar o silêncio da vítima. Cabe ao psicólogo proteger esse menor e avaliar se a família tem condições de protegê-lo de novos abusos. A criança também tem que saber que não tem culpa de nada e que não é responsável pelo que aconteceu”.
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