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Mudanças ficarão para 2025

  • - Sandra Anater afirma que as alterações não partiram da Coordenação Regional

NOVO SISTEMA Pressão da sociedade fez com que o Estado revisse decisão de reordenar estrutura das unidades escolares de Seara e Ipumirim em 2024.


As modificações propostas pela Secretaria de Estado da Educação em três escolas de Seara e em dois educandários no interior de Ipumirim repercutiram nesta semana e geraram bastante descontentamento por parte das famílias envolvidas. Através do Plano de Ofertas Educacionais (POE), que é um instrumento de otimização de oferta da educação básica e profissional, a Secretaria de Estado de Educação propôs que a EEB Rosina Nardi, que hoje é de gestão compartilhada, ficasse completamente com o município para atendimento da demanda do Ensino Fundamental I (anos iniciais). A EEB Seara receberia o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e a EEB Raimundo Corrêa, os jovens do Ensino Médio.

Conforme o estudo do POE, as três unidades escolares estão localizadas próximas, com uma distância total de quatro quilômetros entre a Raimundo Corrêa e a Rosina Nardi. O documento indica que a readequação dos espaços busca otimizar o atendimento das diferentes etapas da educação básica. Cada unidade terá como demanda um público com o perfil único, o que facilita a construção de regras de convívio, de planejamento de professores e organização dos espaços.

Em Ipumirim, o reordenamento de estudantes é sustentado principalmente pela quantidade de alunos nos educandários. Segundo o Plano de Ofertas Educacionais, atualmente a EEB Orides Rovani, de Bom Sucesso, tem apenas três alunos no 6º ano e quatro crianças no Pré I, Pré II e 5º ano, por exemplo. Na EEF Giácomo Savaris, de linha São Rafael, há em média 10 estudantes por turma. A proposta da Secretaria de Estado da Educação é que a Educação Infantil e os anos iniciais fiquem sob responsabilidade da rede municipal de ensino na EEF Giácomo Savaris. Os anos finais e o Ensino Médio seriam ofertados pela rede estadual na EEB Orides Rovani. Ainda conforme o POE, essa indicação se justifica tendo em vista o custo aluno, tanto para a rede estadual quanto para a rede municipal, bem como, por questões pedagógicas, tendo em vista que em agrupamentos maiores podem ampliar o processo de interação e construção de conhecimento.

Tanto em Seara quanto em Ipumirim as propostas não foram bem recebidas pela comunidade escolar. As principais objeções das famílias são com relação ao transporte escolar, as distâncias percorridas e a logística como um todo. Já por parte dos professores, o entendimento da maioria é diferente. No mês de setembro, em reunião com a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), 22 dos 32 dos professores efetivos presentes concordaram com o reordenamento das escolas.

De acordo com a supervisora da CRE, Sandra Anater, as alterações nas estruturas escolares não partiram da Coordenação, mas de um estudo que iniciou ainda em 2022 através do Processo SED 189374. “Esse processo vem sendo feito a partir de análise de dados não só econômicos, mas principalmente em nível de aprendizagem e dos conceitos que são emitidos”.

Ela explica que quando percebeu a situação e o descontentamento dos pais, entrou em contato com as lideranças do PL, que junto ao secretário Aristides Cimadon e a secretária adjunta Patrícia Lueders, repensaram, não só essa situação, como a de Ipumirim. “E isso foi revisto. Nada na educação é estanque, podemos dar um passo à frente, retornar e rever. Só queria que a população entendesse que isso não foi unilateral e arbitrário, pois vem sendo discutido desde 2022”. Sandra acrescenta que as mudanças não serão implantadas em 2024. “Vamos ampliar a discussão e conversar com os pais, falar de aprendizagem e de ganhos para nossos alunos”.

Um encontro foi realizado na última terça-feira com alguns pais e a supervisora Sandra Anater. Houve o compromisso de que os pais serão procurados para participarem das discussões.


Escolas

O Plano de Ofertas Educacionais (POE) também apresenta adequações em outros educandários da região. Em Arabutã, a sugestão inicial é transferir o Ensino Médio da EEB Marcolino Pedroso para a EEB Arabutã. Em Itá, na EEF Prof Neusa Bernardina Marques bisseriar as turmas de anos iniciais, buscar tratativas com o município do atendimento desta etapa de ensino na área rural e verificar a possibilidade de os anos finais serem atendidos na unidade central. Nas escolas rurais de Seara com gestão compartilhada, a EEB Elisabethe Matilde Simon, de Nova Teutônia, e EEF Batista Paludo, de Caraíba, o Estado propõe que o município assuma a administração total dos educandários, com o Ensino Médio passando a ser atendido na cidade.

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