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Quatro meses sem vigilantes

  • - Caraíba é uma das instituições com gestão compartilhada que não têm vigilante

SEGURANÇA Promessa do Estado em disponibilizar segurança armada ainda não se concretizou

A contratação de vigilantes e policiais para as instituições de ensino em Santa Catarina começou a ganhar ênfase em 2021, logo após o ataque à creche de Saudades, quando cinco pessoas foram assassinadas, entre elas duas crianças. Em abril deste ano mais uma ocorrência grave foi registrada, na cidade de Blumenau, e resultou na morte de mais quatro crianças.

Naquele momento o assunto voltou a ser tratado e o Governo do Estado se comprometeu em implementar o sistema de vigilância com policiais armados nos educandários. Da mesma forma, as autoridades responsáveis pelas escolas das redes municipais de ensino passaram a investir em medidas de segurança com a instalação de portões eletrônicos e câmeras de monitoramento. Além disso, foi firmado o compromisso de contratação de vigilantes para cada unidade escolar.

Em abril deste ano foi realizada em Seara uma reunião entre as lideranças da educação municipal e estadual com a presença de autoridades, polícias e Corpo de Bombeiros para discutir a contratação dos profissionais. Ficou acordado que, para as instituições municipais de ensino, a prefeitura contrataria vigilantes. Já para as escolas estaduais e os educandários de gestão compartilhada, o Governo do Estado faria a contratação de policiais militares da Reserva para atuar. Mas, somente agora, quatro meses depois, a região está começando a receber este efetivo. Na última terça-feira, o primeiro PM foi designado para atuar numa escola de Lindóia do Sul, conforme informou a supervisora regional da Coordenadoria Regional da Educação (CRE), Sandra Anater. No total, segundo ela, pertencem à Regional 20 instituições de ensino, incluindo as unidades de gestão compartilhada. Em Seara somente a EEB Seara e a EEB Raimundo Corrêa têm vigilantes. Já as três escolas de gestão compartilhada, Rosina Nardi, Batista Paludo de Caraíba e Elisabethe Matilde Simon de Nova Teutônia, seguem sem vigias.

A dificuldade do governo estadual, segundo Sandra Anater, é a falta de mão de obra disponível. Ela informou ainda que a contratação está autorizada, porém os policiais da Reserva não se habilitam para assumir a função. “O que é papel da CRE foi feito, com o encaminhamento da solicitação à Secretaria de Estado da Educação, mas temos que aguardar”. Houve inclusive uma primeira informação da Coordenação Regional de que o município ficaria responsável pela colocação de vigilantes nas escolas de gestão compartilhada, mas a secretária municipal da Educação, Fabiana Mariani, negou a existência deste acordo.

CLIMATIZADORES

A reportagem do Folhasete também questionou a supervisora regional da CRE, Sandra Anater, sobre os aparelhos para climatização das escolas que já foram comprados e estão à disposição, porém não podem ser instalados porque a parte elétrica das estruturas precisa ser substituída, pois não comporta a carga de energia necessária. Este é o caso da EEBN Rosina Nardi, de Seara. Sandra Anater explicou que “essa situação vem se arrastando desde 2019. Eu assumi a CRE em janeiro deste ano. Entrei em contato o Estado, conversei também com a gestão da escola. Foi autorizado junto à APP e à prefeitura que se eles tivessem um engenheiro elétrico e quisessem fazer essa adequação estavam autorizados. O Estado está com esse processo em andamento, mas é demorado. Temos inclusive um convênio firmado com a Celesc para agilizar, mas temos que aguardar”.


Análise

O gestor da EEBN Rosina Nardi, Erickson do Espírito Santo, disse ao Folhasete que “estamos verificando a possibilidade de uma ação conjunta entre APP, Secretaria Municipal de Educação e SED para sanarmos a situação”.

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