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- Os Bordignon são agricultores familiares com orgulho
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Família Bordignon trabalha unida no campo
Eles escolheram como princípio de vida plantar o sustento da população. Na terra, depositam seus esforços, seus sonhos e planos enfrentando diariamente as intempéries para produzir o pão nosso.
Em homenagem ao Dia do Agricultor Familiar e o Dia do Colono, celebrados nos dias 24 e 25 de julho respectivamente, vamos contar um pouco da jornada da família Bordignon, de Encruzilhada Santa Cruz, interior de Seara. A família trabalha nas terras que seu Levis Luiz Bordignon adquiriu há mais de 50 anos. Ali, segue com a esposa, os dois filhos, noras e netos.
O filho de seu Levis, Gilson Bordignon, faz questão de ressaltar que as três famílias trabalham unidas, incansáveis e orgulhosas. “Somos agricultores familiares”. A principal atividade é o gado de leite. “Mas trabalhamos também com noz pecã, reflorestamento de eucalipto e uma pequena área de araucária”. Os Bordignon também plantam milho, entre outras culturas.
No total dependem da propriedade oito pessoas. “Trabalhamos direto. Não é fácil, mas a gente sabe da importância que temos, porque não podemos mensurar para quantas famílias se alimentam do que produzimos”. Gilson garante que “é muito amor envolvido”. Enfatiza que o mesmo alimento que vai para a mesa das três famílias estará na mesa de outras pessoas, por isso se eles preocupam em produzir com qualidade. “Basicamente sem uso de agrotóxicos. Racionamos o máximo possível a utilização de químicos. Quando necessário, usamos a homeopatia”.
Para a família Bordignon, a atividade no campo exige bastante esforço. “Não temos muita folga, mas somos donos do próprio negócio, plantamos o que comemos e temos orgulho do que somos e fazemos”. Salientou que a rentabilidade depende da forma como a propriedade é gerenciada. “Tem que a ver um bom planejamento, porque a gente trabalha e vai saber somente depois o quanto vai receber”.
Sucessão
Os membros da família Bordignon, felizes por fazerem o que gostam, esperam que a sucessão na propriedade seja uma realidade e que a tradição perdure por muito tempo.
Os riscos de uma profissão honrosa
25 de julho também é Dia do Motorista. São eles que tem a missão de levar o alimento produzido e que ajudam a mover a engrenagem da economia.
Motorista profissional há 40 anos, o searaense Juarez Rafe, 58 anos, conhece cada palma do Brasil. Nas longas e cansativas viagens que fez, transportando para todos os cantos do país, passou por poucas e boas. Mas sua história na boleia do caminhão começou na adolescência, quando acompanhava seu pai como ajudante. Ali, aprendeu e tomou gosto pela profissão. Mais tarde, seguiu sozinho pelo estradão.
Longe da família, andou por estradas ruins, fez percursos difíceis, com caminhões antigos que davam problemas de toda ordem e muitas vezes sem conforto. “E a gente tinha que se virar”. Juarez afirma que “o preço que se paga nesta profissão é muito alto. Por isso que admiro muito os companheiros de profissão que seguem transportando para dentro e fora do país. É muito, muito difícil”.
Juarez chegava a ficar 40 dias longe de casa. “Mas o pior é a insegurança”. O searaense lembra que foi assaltado em São Paulo e levado a um cativeiro. Foi a gota d’água. “Passei momentos de desespero. Achei que fosse morrer. No final deu tudo certo, mas imaginei o pior. Passa um filme na cabeça”. Enquanto relata o fato, as lágrimas vertem ao relembrar o que passou. Hoje faz viagens mais próximas e no fim de semana está em casa. Depois do nascimento dos filhos Maria Clara, 17 anos, e José Luís, sete aninhos, mudou seus planos para estar mais tempo com a família, que entende ser o bem maior, e também se dedicar à vida social e comunitária. “Não penso só em mim e nos meus, por isso procuro ajudar também nas questões comunitárias”.
Conquistas
Mesmo com todas as dificuldades, Juarez Rafe tem orgulho de seu ofício e é grato pelo que construiu através de sua profissão.
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