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Semana de agitação

O prefeito interino de Xavantina, Claudi Badinski, anunciou na quinta-feira, 12, a exoneração de cinco servidores municipais, todos com cargos comissionados.

A medida foi justificada pela necessidade de corte de gastos. Até dezembro, a prefeitura terá de economizar pelo menos R$ 400 mil mensais para poder fechar com o caixa em dia, segundo o prefeito.
Estão desligados da prefeitura o vice-prefeito José Dal Bosco, que respondia pela Secretaria de Administração, e o ex-prefeito Ari Parisotto, secretário de Transportes, Obras e Urbanismo, exonerados por estarem envolvidos no processo de denúncia de compra de votos.Também deixaram o governo Laércio Gasparin, que respondia pela Agricultura, Indústria e Comércio; ElianiceBattiston, da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte; e Osmar Dervanoski, da Saúde e Assistência Social. Além disso, Babinski determinou que servidores efetivos respondam pelos setores sem remuneração.
O novo prefeito se mostrou surpreso com a situação da prefeitura. Nas finanças, chamou a atenção o valor disponível em caixa: R$ 80 mil, na quinta-feira. No levantamento realizado, também foram verificados problemas de documentação em um veículo da saúde desde 2014.  "A primeira impressão é a que fica. E foi apavorante. Chegando aqui vi o prédio em precárias condições". Destacou que no período vai priorizar o acompanhamento de obras e os trabalhos no interior. Mostrou-se ainda preocupado com a falta de remédios na farmácia do posto de saúde e já autorizou uma licitação para compra dos itens básicos. "Não sei quanto tempo vou ficar, mas vou estar presente na prefeitura e nas obras, acompanhando os trabalhos do Executivo", completou.
A posse de Claudi Babinski ocorreu na última quarta-feira, com a assinatura do termo no Cartório Eleitoral, onde determina ao presidente da Câmara de Vereadores que dê sequência às atividades administrativas do município, obedecendo à determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A situação transcorreu depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou recurso à defesa do prefeito Mauro Poletto e do vice José Dal Bosco, ambos do PT, cassados por suposta compra de votos em primeira e segunda instâncias.
Babinski deixou a presidência da Câmara permanece no cargo até uma eleição indireta.  O Legislativo passou a ser presidido por Hélio Sordi (PP). O suplente Natalino Moscon (PSD) assumiu no Legislativo.
Próximos atos
O assessor jurídico da Câmara de Vereadores, Gian Carlos Possan, explicou que no documento de afastamento do prefeito existe a ordem do TRE para realização de eleições diretas. Porém, conforme o advogado, houve um equívoco. "A própria Constituição Federal determina que, passados dois anos do mandato, a eleição seja indireta e a própria Lei Orgânica Municipal prevê isso. Então, peticionamos um pedido de correção e vamos aguardar a resposta para dar os demais encaminhamentos". Em função dessa questão, a data da eleição indireta, que será realizada pela Câmara de Vereadores, ainda não foi marcada. Existe preferência pelo ex-prefeito Domingos Zanandréa para comandar a prefeitura até o fim do ano.
Poletto se defende
Mauro Poletto retornou de Brasília na madrugada de sexta-feira e garantiu à reportagem do FolhaSete que a prefeitura não está com déficit financeiro. "É uma parte contábil que se tem, onde fazemos empenho, como o transporte escolar, que está empenhado até o final do ano e o recurso para isso é gerado pela nossa receita que entra mensalmente". Reiterou que a situação econômica é de estabilidade com pagamentos em dia de servidores e credores. 
Poletto se reuniu com lideranças aliadas para avaliar o cenário e deverá se manifestar oficialmente na semana que vem. Adiantou que aguarda a análise do Agravo Regimental impetrado pela defesa na quinta-feira, onde é solicitada a reintegração ao cargo até se julguem os recursos em plenário, uma vez que a decisão do TSE foi por voto monocrático do ministro Gilmar Mendes.

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