Depois de quase 20 anos longe do comando da administração municipal, Domingos Luis Zanandréa (PP) retorna à chefia do Executivo de Xavantina.

Juntamente com o vice Adelar Gabiatti (PMDB), terá apenas dois meses de governo, mas pretende fazer um bom trabalho e governar para o povo xavantinense.
Com a cassação do prefeito Mauro Poletto e do vice José Dal Bosco, ambos do PT, eleitos em 2012, por compra de votos, a Justiça Eleitoral determinou que fosse realizada uma eleição suplementar de forma indireta para escolha de prefeito e vice até o fim deste mandato. Domingos Zanandréa e Adelar Gabiatti foram eleitos pelos vereadores na sessão extraordinária da última segunda-feira. A única chapa homologada recebeu cinco votos favoráveis. Outros três votos foram em Branco e houve um nulo.
Em pronunciamento na tribuna, que durou aproximadamente 10 minutos, Zanandréa disse estar triste pela demora em se fazer justiça e não ter tido oportunidade de por em prática o projeto idealizado em 2012. "O poder não é eterno. Temos muitos desafios, principalmente na saúde, educação e agricultura, e precisamos acabar com as diferenças políticas do município".
Após a votação, que transcorreu de forma secreta, já se ouvia barulho de fogos pela cidade. "É uma sensação de dever cumprido e estava na hora da mudança. As próprias urnas falaram no último dia 2 de outubro e pra nós é uma conquista grande também no combate à corrupção eleitoral".
O prefeito eleito afirmou que "temos o compromisso agora de trabalhar para o povo de Xavantina e não vamos olhar de que partido é o cidadão. Uma das primeiras medidas a serem tomadas é na área da saúde, dando atenção especial ao Hospital São Lucas, que só não foi fechado pela vigilância por uma questão de bom senso. Vamos colocar o hospital em dia com as necessidades".
Outra meta até o fim do ano é "melhorar as condições das estradas do interior, que são caóticas. Ainda na saúde vamos concluir o posto de Linha das Palmeiras e o principal desafio é fechar as contas. Temos ciência que a situação financeira é difícil e está sendo feita uma economia de 30 a 33% por mês para sair do vermelho".  
O prefeito também acredita numa boa relação com a oposição. "A minha relação será respeitosa com todos. Queremos inaugurar um tempo novo para aproximar as pessoas, conversar, manter o diálogo para se entender e aparar as arestas". Com 62 anos e participação intensa na política, Domingos Zanandréa afirmou que "não tenho pretensões políticas para 2020".
Posse
 Domingos Zanandréa e Adelar Gabiatti assumem na próxima segunda-feira, em mais uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores, com início às 18h. Eles permanecerão no cargo até 31 de dezembro deste ano, passando a chefia do Executivo para o prefeito eleito em outubro, Enoir Fasolo (PSDB), e o vice Claudi Babinski (PMDB), que é o atual prefeito interino e vai retornar à Câmara de Vereadores.