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Eleitos fazem planejamento

Com 179 votos de diferença, a coligação 'Renova Xavantina' garantiu a vitória nas eleições municipais de 2 de outubro.

União para superar as diferenças
O prefeito eleito Enoir Fazolo garante que fará um governo para todos e que trabalhará com o objetivo de respeitar as diferenças ideológicas de cada um dos representantes eleitos para a composição do poder Legislativo, porém pretende unir as forças em prol do desenvolvimento.
Em entrevista concedida nesta semana ao Folhasete, Fazolo disse que acreditava na vitória. "Não conseguimos visitar todas as famílias, mas onde estivemos visitando sentimos que a mudança estava vindo". Avaliando a campanha, entende que o período foi curto, mas que com visitas e reuniões foi possível ouvir as demandas da comunidade e traçar um plano de trabalho.
Conforme o prefeito eleito, há inúmeras situações que merecem atenção em Xavantina. Citou a necessidade de ajuda para manutenção das atividades do Hospital São Lucas, a precariedade da parte interna do prédio que abriga a prefeitura, a situação de falta de manutenção em duas praças e no ginásio de esportes, bem como a infraestrutura de Linha das Palmeiras, com demandas de rede água. Também mostrou-se preocupado com as necessidades do interior na abertura de estradas e melhoria dos acessos às propriedades.
Diante de uma realidade de bastante dificuldade financeira na prefeitura, com caixa de R$ 329 mil para manter as atividades até dezembro, o novo prefeito buscará suporte para investimentos através de convênios com o Estado e União, bem como com emendas parlamentares. "Só com os recursos da prefeitura não vamos ter condições de fazer trabalhos nesta fase inicial".
O novo prefeito destacou que atualmente são gastos em manutenção de máquinas cerca de R$ 80 mil mensais e que essa realidade precisa mudar. "O dinheiro público deve ser bem investido. Um controle dentro da garagem envolvendo todos os itens desde pneus, peças e combustíveis precisa estar em um relatório".
Sobre a transição, entende que será um processo tranquilo, mesmo que haja indefinição quanto ao nome do prefeito que irá encerrar o mandato, uma vez que aguarda o resultado da eleição suplementar que ocorrerá de maneira indireta no próximo dia 24. Acredita que o fato do vice, Claudi Babinski, estar à frente do Executivo nos últimos quatro meses, será válido para esse processo. "Estaremos nos reunindo para organizar a casa. Ainda não vamos falar em nomes, mas haverá uma grande renovação na administração com pessoas que tenham condições de realizar um bom trabalho".
Fazolo defendeu ainda contratações pontuais em um primeiro momento, visando reduzir custos e organização das finanças públicas. "Nossa prioridade é o atendimento ao agricultor. Ele precisa de acesso. Os caminhões precisam escoar a produção e ao mesmo tempo necessitamos reduzir as despesas e contratar apenas o essencial para poder ter dinheiro e fazer obras", reiterou.
Sobre a relação com a Câmara de Vereadores, julga como positivo o fato de ter a maioria, mas pretende trabalhar com apoio de todos. "Quero sentar com os nove vereadores. Essa é a minha proposta. A política passou e agora o partido de Xavantina é a igualdade". Ele aposta no trabalho pela unidade. "Precisamos cessar com brigas internas por política. A rivalidade quem faz são os cabeças. Se o prefeito e o vice sentam com os vereadores e tem uma união, acredito que o povo também vai se unir", completou.
Primeiro contato
Enoir Fazolo é empresário e entende que a experiência empresarial será fator de grande valia para a gestão. "Não podemos encher a casa de funcionários. É preciso ter um caixa para que em casos extremos tenhamos recursos de sobra para atender essas demandas", completou.

Névio quer levar Paial para a Amosc
Na série de entrevistas com os prefeitos eleitos na região em 2 de outubro, nesta semana a reportagem do Folhasete conversou com Névio Mortari, da coligação "Viva Paial", que venceu a eleição com apenas 39 votos de diferença. A dobradinha vencedora somou 902 votos, somando 51,10% dos votos válidos, contra 863 de Laudecir Mendes, da coligação "União por Paial".
De acordo com Mortari, o período eleitoral foi tranquilo. "Melhorou bastante, mas tem que melhorar mais". Sobre a diferença de apenas 39 votos, disse que "sabia que estava disputando com os dois melhores nomes da oposição e eles estavam com a máquina na mão. Tinham uma estrutura e nós fomos só com o nome. Eu sabia que era uma eleição apertada".
Névio Mortari acredita que o processo de transição ocorrerá normalmente. "Primeiro porque existe a Lei de Responsabilidade Fiscal e acredito que não teremos problemas". Acrescenta que vai procurar o atual prefeito Aldair Rigo para formar as equipes que vão fazer a transição. Ressalta que assume o novo mandato com mais experiência.
Em Paial, o número de eleitores é 18,2% superior ao de habitantes. São 1.935 cadastrados na Justiça Eleitoral e 1.637 moradores. O novo prefeito afirma que já procurou a Justiça Eleitoral solicitando como deve proceder para solicitar a revisão do eleitorado. "Em janeiro, quando assumir, vou fazer o encaminhamento".
Outra providência, conforme o novo prefeito, será tirar Paial da Amauc e transferir para a Amosc. "Não é possível a gente ficar fazendo 80 quilômetros para chegar até a sede da Amauc, sabendo que em 30 minutos estou em outra Associação. Não tenho nada contra a Amauc, mas preciso reduzir gastos e tempo. E como a saúde já pertence a Chapecó, também vou querer que Paial pertença à Amosc".Informa que tem uma preocupação com o setor da Saúde e que esta será a prioridade nos primeiros meses do próximo governo. "Nos primeiros 90 dias preciso colocar os pés no chão, ver quanto é a arrecadação e quanto a estrutura consome para depois a gente ver o que será feito". Ressalta que para garantir obras e investimentos já está buscando apoio nas demais esferas de governo. "Nessa semana fomos a Florianópolis e no começo de novembro iremos para Brasília para fazer alguns encaminhamentos e conversar com parlamentares sobre emendas". Aponta como outra preocupação o gasto com folha de pagamento.
Segundo Névio Mortari a próxima equipe de governo ainda não tem nomes definidos. As conversas com os presidentes de partidos devem iniciar nos próximos dias. "Será a mais enxuta possível", garante. A coligação encabeçada por Mortari conquistou também a maioria na Câmara de Vereadores. Sobre o relacionamento com os opositores, diz que espera que seja tranquila. "Quando fui prefeito nas outras gestões a oposição de hoje era situação junto comigo. Lógico que a campanha política sempre deixa algumas réstias, mas nada que não possa ser superado".
Trabalho
Mortari terá como vice Leocir dos Santos. "Meu vice vai arregaçar as mangas e trabalhar, porque não vou ficar muito tempo no gabinete", explicou o novo prefeito.

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