Vasos de plástico e de cerâmica com água acumulada. Lixo espalhado por diversos pontos, especialmente em cantos e próximo aos muros.

Vidros de café que foram transformados em vasos de flores. Latas de cerveja. E ainda pacotes de velas e baldes deixados dentro de um tanque, próximo à Cruz Mestre e a menos de dois metros longe de uma lixeira que estava praticamente vazia.
Esses foram alguns dos problemas encontrados no Cemitério Municipal de Seara na segunda-feira, 6. A equipe do programa de Combate a Dengue de Seara visitou o cemitério na segunda-feira pela manhã e para virar vasos e furar o celofane usado para enfeitar as flores utilizadas para o Dia dos Finados. A coordenadora do programa, Fabíula Pereira, destaca que, mesmo com toda a orientação repassada para a população, o cenário encontrado é desestimulador e demonstra que muitas pessoas não estão preocupadas com a proliferação do Aedes aegypti no município.
Fabíula pede para que a população retorne ao cemitério, principalmente para a retirada do celofane, que está acumulando água e se tornando um criadouro do mosquito. "Verificamos todo e qualquer objeto que possa acumular água e nosso maior problema hoje no Cemitério Municipal é com relação ao papel que envolve os vasos de flores, porque ele é um potencial criadouro do Aedes. A nossa orientação é para que a população faça uma limpeza e que tire o material de lá. Isso vai ajudar, porque esse é um período de chuva e sol e esse clima forma uma estufa e o mosquito se desenvolve rapidamente e em maior quantidade". Acrescenta que aguarda posição da Promotoria para saber até que ponto a equipe do programa pode realizar o trabalho de retirada dos materiais que acumulem água.
Na última terça-feira aconteceu mais uma reunião da Sala de Situação no Auditório da Câmara de Vereadores. Além da problemática do cemitério, foram discutidas algumas ações que serão realizadas pela equipe. Ficou definido que no dia 2 de dezembro acontecerá um dia de recolhimento de lixo eletrônico e de eletros em Seara. Os pontos de recebimento serão instalados nas duas praças do município e será necessário que cada morador leve o material a ser reciclado.
De acordo com os dados apresentados em reunião, a listagem com 60 locais que estavam em situação de risco foi encaminhada para a vigilância sanitária, que já está realizando o monitoramento. "Vejo que é algo impossível dizer que tem bairro sem foco do Aedes em Seara", desabafou a coordenadora. A situação é preocupante e depende da colaboração da comunidade para solução. A melhor maneira de acabar com a proliferação do vetor é eliminar possíveis criadouros.
Em função do período propício para aumento de focos do mosquito, a equipe do programa solicitou aos médicos da rede municipal que façam investigação mais profunda dos sintomas para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Sequência
A próxima reunião da Sala de Situação acontecerá no dia 5 de dezembro, às 14h, no Auditório da Câmara de Vereadores. Seara tem 12 focos contabilizados neste ano.