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Guerra declarada contra o mosquito

Na série de reportagens especiais sobre o Verão, o tema desta semana é o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zica vírus e chikungunya.

A guerra declarada contra o Aedes aegypti no país não tem como estopim apenas a dengue, a chikungunya e o zika. A comprovação de que a última doença estava associada com a microcefalia, no final de novembro, deu mais importância à batalha para eliminação do mosquito. Em 11 meses, o número de casos de microcefalia no Brasil cresceu quase 10 vezes em relação ao ano passado. 

A suspeita de que as mães dos bebês diagnosticados com a má-formação tenham sido infectadas pelo zika vírus durante a gestação e isso tenha causado o problema mobilizou o governo para a criação do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. Lançado no último sábado, o programa tem como objetivos eliminar o mosquito Aedes aegypti, ampliar o atendimento às mães que têm o bebê diagnosticado com a má-formação e investir em pesquisas para identificação do zika vírus. No entanto, as ações, até o momento, estão concentradas em Pernambuco, Estado que mais registrou casos de microcefalia no país.
Em Santa Catarina, nesta semana o governo estadual anunciou um aporte suplementar de R$ 1,7 milhão aos municípios considerados prioritários no combate ao mosquito Aedes aegypti - valor semelhante já havia sido disponibilizado ao mesmo grupo de cidades em agosto deste ano. O secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, explicou que a ideia é mobilizar todas as pessoas para avançar no combate ao mosquito, pois 80% dos focos estão nas casas. "Também estamos apresentando o fluxo de assistência para as grávidas e definindo como vai funcionar o tratamento em Santa Catarina. Queremos dar o melhor atendimento possível. O importante é manter o Estado livre da circulação desse vírus e, para isso, é fundamental o controle do mosquito", afirmou.
O secretário da Saúde de Seara, Odair Felippe, esclareceu que Seara também está em alerta, mesmo não tendo nenhum foco de Aedes aegypti. "Pedimos para a comunidade colaborar, porque tem muito terreno baldio e que não tem passado pela limpeza adequada. Vamos fazer um trabalho diferenciado com as agentes de saúde. Precisamos trabalhar de maneira diferenciada para que a gente possa manter o município sem foco do mosquito". Alerta que, apesar de Seara não ter foco, o município está no corredor entre as cidades de Chapecó, Xanxerê e Concórdia, que possuem o mosquito transmissor.

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