logo RCN

Seara deve criar Sala de Situação

Seara realiza na próxima semana a primeira reunião da Sala de Situação implantada em função de o município estar infestado pelo mosquito Aedes aegypti.

O órgão tem como objetivo o monitoramento dos casos suspeitos de dengue, discussão sobre ações e mapeamento das regiões da cidade.
A criação da Sala de Situação é mais uma ação do Plano Emergencial de Combate à Dengue. Ela ficará sediada ao lado da vigilância epidemiológica, no Centro de Saúde. Conforme a coordenadora do programa no município, Fabíula Pereira, fazem parte da sala representantes de todas as secretarias da cidade, vigilâncias sanitária e epidemiológica, Regional da Saúde, Defesa Civil, Bombeiros Comunitários, Polícia Militar e Hospital São Roque. "A sala é a oportunidade para as pessoas se reunirem para discutir a situação e trabalharem juntas"
A administração municipal contratou mais duas agentes para atuar diretamente no programa. Ainda de 6 a 16 serão realizadas palestras com membros do Projeto Rondon nas escolas da cidade sobre a forma de combate ao mosquito. E no próximo sábado acontece mais um mutirão contra o vetor nos bairros Cohab e Vila Feliz e no Loteamento Colina, no bairro São João. Os trabalhos vão iniciar às 8h. "Vamos coletar materiais que possam acumular água em terrenos baldios e nas casas. A gente pede para que as pessoas façam a limpeza nesse dia e levem até a rua as coisas velhas e que podem ser criadouros do mosquito para serem recolhidos pela equipe".
Fabíula ressalta que as agentes comunitárias estão finalizando a terceira visita aos domicílios dos bairros infestados, que são o São João e o Centro. "Nesse terceiro ciclo as agentes ainda estão encontrando larvas, mas não sabemos que tipo de mosquito é, porque ainda estão sendo analisados. Mas no bairro São João e no loteamento Colina foram encontradas larvas em resto de materiais de construção e objetos jogados na via pública", disse a coordenadora.

Regional de Saúde acompanha serviços nos municípios
O biólogo da Regional de Saúde de Concórdia, Felipe Gimenez, esteve em Seara nesta semana. Segundo ele dos municípios da região do Alto Uruguai catarinense a situação mais preocupante é a de Seara. "Isso por causa de diversos fatores. Começamos o trabalho com dificuldade de base e geográfica e a rapidez do inseto. Juntou tudo e a gente foi pego de surpresa com essa infestação. Agora é tentar remediar isso o quanto antes. Montar a estrutura no Inverno". Ele lembra que o número de focos não aumentou com a chegada dos dias mais frios, permanecendo em 16. "Mas a tendência é aumentar isso já em setembro. O município está infestado e a população precisa participar das ações". Gimenez enfatiza que as pessoas devem levar mais a sério o mosquito Aedes aegypti, pois as consequências são graves e o problema não é só do vizinho, mas sim de cada morador do município. "Se o vetor está aí ele vai me picar e não o vizinho. Mesmo que esteja no terreno ao lado é um problema meu também. É preciso entender que todos estão em risco". Reforçou que por enquanto ainda não tem transmissão de doenças dentro de Seara. "Independe de situação de infestação ou não a rotina, as armadilhas continuam sendo monitoradas, além de uma melhora no suporte". 
Conforme o biólogo, Xavantina, Itá, Arabutã, Lindóia e Ipumirim precisam estar atentos devido ao tráfego intenso de caminhões e pela proximidade com municípios que estão infestados e mesmo que tem transmissão interna de doenças.
De acordo com dados da Dive, Santa Catarina tem mais de quatro mil casos confirmados de dengue, 61 de febre chikungunya e 43 de zika vírus.

Anterior

Reforço no combate ao Aedes aegypti

Próximo

Apenas 13,5% de ocupação

Deixe seu comentário

Geral