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Apenas 13,5% de ocupação

Seara está avançando no sentido de se tornar referência microrregional no setor da saúde, mas ainda falta a adesão da população ao projeto. A principal dificuldade é convencer as pessoas a buscarem o atendimento dos especialistas que se disponibilizaram a atender no município.

A baixa demanda registrada até o momento em alguns segmentos tem provocado dúvidas sobre o real potencial de Seara no setor de saúde. Além disso, existe a estrutura do Hospital São Roque à disposição da comunidade para diferentes procedimentos, que em muitos casos estão acontecendo em outras cidades. Valorizar os profissionais locais e priorizar o atendimento na casa hospitalar searaense são os principais desafios para Seara conseguir ser referência e, principalmente, manter os serviços hoje oferecidos.
O administrador do São Roque, Marcio Sottana, explica que o hospital tem uma boa estrutura. "Pretendemos evoluir mais um pouco na parte de hotelaria para que a gente busque esse conforto para os pacientes, tanto pelo Sus quanto particular. A ideia é que a gente comece a fazer ampliações e obras. A principal mudança será a disponibilidade de banheiros em todos os quartos. Serão várias ações para ficar mais acessível para os pacientes".
Acrescenta que a taxa de ocupação do hospital é uma das preocupações. "Temos capacidade de atender 51 pessoas, um centro cirúrgico muito bem equipado, onde conseguimos fazer cirurgias básicas normais. São duas salas cirúrgicas e com gerador próprio. Infelizmente temos uma baixa taxa de ocupação, que não passa de 13,5%. Dá uma média de sete pacientes internados por dia. Há o terceiro andar que está praticamente ocioso, mas preciso manter a equipe, porque tem dias que tenho vários pacientes internados". Para ampliar a taxa de ocupação, o administrador espera contar com a colaboração dos novos especialistas que estão chegando a Seara. "Espero que esses profissionais comecem a trabalhar aqui dentro".
Conforme Márcio Sottana, existe uma conversa com alguns médicos que devem começar a atender no São Roque. "Mas a minha preocupação é que eles desistam de vir para Seara por não termos demanda. Eles têm um consultório cheio em Concórdia e largam isso para vir aqui atender dois ou três pacientes". Reforça que mantém conversas com os demais municípios da região para oferecer a estrutura do hospital. Destaca também que é preciso o envolvimento da ACIS, CDL e do próprio município neste trabalho de conscientização da população. "Temos que agarrar essa oportunidade e depois cobrar que esses procedimentos sejam feitos no hospital, porque temos estrutura para isso. Uns 70% das cirurgias que são encaminhadas para Concórdia poderiam ser feitas aqui", disse o administrador Marcio Sottana.
Gama de serviços
O Hospital São Roque disponibiliza aparelhos modernos para realização de exames de ultrassonografia, mamografia e raio X. "Nosso aparelho de ultrassom é novo faz exames em 4D, o que permite fazer fotos do rostinho do bebê. São três aparelhos muito bons e é o que consigo trabalhar com um bom volume", explica o administrador Marcio Sottana. Segundo ele, no pronto-socorro a média de atendimento é de 1.500 pessoas por mês. "É um exagero, pois 80% são demandas de posto de saúde".

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