logo RCN

Semana de conscientização

Nos próximos dias, o Brasil dará ênfase a um dos problemas crônicos da sociedade, cada vez mais próximo de todas as famílias, sem distinção de gênero ou classe social: as dependências químicas.

A Semana Nacional Antidrogas é lembrada de 21 a 26 de junho. Para marcar o período, o Folhasete traz aos leitores esclarecimento sobre uma das grandes ferramentas públicas de apoio ao combate deste mal e que Seara pode contar desde maio de 2014: o Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
Trata-se de um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme esclarece a equipe do órgão searaense, "os Caps são instituições destinadas a acolher pessoas com sofrimento psíquico grave e persistente, bem como pessoas com necessidades em decorrência do uso/abuso de álcool e outras drogas".
Ressaltam que "os encaminhamentos devem partir das unidades de saúde ou o paciente pode chegar através de demanda espontânea. A partir do momento que a pessoa procurar, é realizado o plano terapêutico individual, onde é definido quais as atividades serão desenvolvidas pelo paciente".
A equipe salienta que um debate muito recorrente nos serviços de Caps são as situações relacionadas à internação, onde os familiares buscam essa modalidade de tratamento como a sendo a principal resolução do problema ou o único meio possível. "A internação é apenas uma das possibilidades de tratamento do dependente químico, sendo que a pessoa pode se tratar sem sair do convívio de sua família. Portanto, a internação viria como último recurso e não como primeiro". 
Segundo a opinião do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (Proad), que trabalha com dependentes químicos há 24 anos, "a maioria das pessoas acredita falsamente que o melhor método de tratar a dependência química é a internação. Isso não é verdade. A eficácia das internações é menor que a do tratamento ambulatorial". Justifica que "é muito fácil ficar longe de uma droga quando você está internado. Uma situação ideal, protegida. O difícil é não usar a droga quando está enfrentando seus problemas. Na hora da volta para os problemas do dia a dia é que as pessoas recaem. É por isso que se preconiza que o processo de deixar a droga deve ser feito com o indivíduo levando sua vida normalmente. É muito artificial o modelo de internações".
Atualmente, o Caps de Seara dispõe de equipe composta por médico-psiquiatra, psicólogo, assistente social, artesã, enfermeiro, estagiário de psicologia e servente interno. Na unidade são oferecidas aulas de artesanato, atendimento de serviço social, palestras educativas de enfermagem, consulta psiquiátrica, psicoterapia de grupo e quando necessário, sessões de psicoterapia individual. "O apoio da família é fundamental neste processo. Mensalmente são organizados grupos para atendimento aos familiares de pacientes, onde são esclarecidas dúvidas, anseios e dado o suporte que a família necessita", explica a assistente social Camila Bordignon. "Importante destacar que uma das principais dificuldades é o não comprometimento do paciente e da família no tratamento", ressalta a enfermeira e coordenadora do Caps, Aneli Mior. 
Atendimento diferenciado
O Centro de Atenção Psicossocial atende adolescentes e adultos com dependência química, bem como pessoas com sofrimento psíquico grave ou persistente. O Caps está localizado na rua Mauricio Cardozo, 199, com atendimento de segunda à sexta, das 8 às 17h30. 

Anterior

Dive faz alerta sobre mosquito

Próximo

Cidade infestada

Deixe seu comentário

Geral