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Dive faz alerta sobre mosquito

Na semana passada, o Folhasete divulgou em primeira mão que Seara foi considerada infestada pelo mosquito Aedes aegypti pela Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC). O inseto transmite dengue, zika vírus e febre chikungunya.

Santa Catarina tem 48 municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti. O coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, João Fuck, conversou com a reportagem do Folhasete. Ele explicou que no caso de Seara, não é todo o município que é considerado infestado, mas sim o bairro São João e o centro. "A cidade passa a ser considerada infestada. Temos alguns critérios técnicos para definir esse status. Sempre que identificado um foco do mosquito, realizamos a delimitação do local com visita em todos os imóveis num raio de 300 metros para eliminar criadouros e orientar a população. Se nessa atividade encontrarmos outros focos, chamamos de disseminação. Dois meses depois, a gente volta a fazer a vistoria e se forem encontrados outros focos em residências a gente considera que tem manutenção do vetor. Então, se tem manutenção, a área passa a ser considerada infestada".
Fuck alerta que a infestação traz um risco a mais na contaminação por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. "As ações nessa área precisam ser intensificadas. A cada dois meses é preciso realizar um ciclo de visitas. Além disso, outra atitude importante é a criação da Sala de Situação, que envolve outras áreas. Esse não é um problema só da Secretaria da Saúde, mas de outras pastas também".
De acordo com o coordenador estadual do programa, há alguns métodos que podem ser adotados pelo município para evitar a proliferação. "Mas os inseticidas devem ser utilizados como complemento e não como a principal ação. O mais importante são trabalhos de prevenção e com o envolvimento da população". 
João Fuck chama a atenção para a necessidade de a comunidade entender a gravidade do problema e a necessidade de se envolver nas atividades, especialmente vistoriando suas propriedades e arredores. "Precisa limpar o quintal e eliminar potenciais criadouros do mosquito. Tem que haver uma parceria entre poder público, privado e a população. São ações que devem acontecer de forma conjunta. A comunidade precisa ser parceira e manter a rotina", finaliza o coordenador estadual do programa de combate a dengue.
Exposição ao Legislativo
Vereadores de Seara e a equipe do Programa de Combate à Dengue se reuniram na última segunda-feira para discutir a busca por soluções. O Legislativo manifestou apoio principalmente na divulgação por meio do programa de rádio e informativo em jornal de uma campanha de conscientização a ser intensificada pelo município. Também apoiou a necessidade de cobranças mais efetivas junto aos proprietários para que façam a limpeza dos terrenos.
Trabalho de conscientização e combate acontece em toda a região 
Representantes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina estiveram na região na semana passada para participar da reunião com os secretários de Saúde da Amauc. O coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue da Dive, João Fuck, destacou que a região está muito próxima de municípios que registraram transmissão dentro das cidades, o que é preocupante. "A gente tem observado o aumento no número de focos na região". Ele enfatiza a necessidade dos municípios se mobilizarem e realizam a prevenção. "Claro que a situação de alerta é para Seara devido à infestação, mas acho que de forma geral toda a região precisa estar envolvida com trabalhos de prevenção".
João Fuck reforça que as baixas temperaturas registradas em todo o Estado auxiliam na eliminação do vetor adulto, mas não dos ovos do Aedes aepytpi. "A gente acaba tendo uma redução dos casos. O grande problema é que os ovos resistem muito tempo no ambiente, inclusive a baixas temperaturas e em períodos de seca. Quando tiver uma chuva ou começar a esquentar, eles começam a eclodir e novamente teremos a presença do mosquito".
 

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