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Tabaco é motivo de exclusão

Se antigamente fumar era considerado charmoso e um símbolo de luxo, satisfação e status social, de alguns anos para cá o ato é visto como uma ação extremamente prejudicial à saúde e até mesmo um motivo de exclusão social.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 200 mil mortes por ano relacionadas ao tabagismo.
Os últimos dados indicam que 10,8% dos brasileiros fumam, uma queda da ordem de 30% no país nos últimos nove anos. Há duas décadas, um terço da população adulta fumava no Brasil.
A restrição ao consumo do cigarro nos ambientes fechados é considerada uma das medidas importantes para a redução do número de fumantes no país. A legislação que proíbe fumar em locais com aglomeração de pessoas ajuda quem não é fumante, mas faz com que os que ainda mantêm o vício se sintam excluídos.
Conforme a psicóloga que atua no Programa de Tabagismo em Seara, Claudia Fantin, após a aprovação da lei que proíbe fumar em ambientes fechados, muitos fumantes procuram o Caps porque se sentem deslocados e constrangidos diante da maioria que não é adepta ao cigarro. "Quem não fuma é prejudicado com a fumaça do tabaco. Com isso, o fumante também se sente motivado a parar. Com força de vontade e determinação, é possível ao fumante largar o cigarro e há muitos exemplos por aí".
A psicóloga destaca que não se trata de discriminar aqueles que fumam, mas sinalizar que fumar é prejudicial não apenas para o fumante, mas para toda a sociedade. As pessoas que estão expostas à fumaça acabam absorvendo a nicotina, o monóxido de carbono e várias outras substâncias. "Todos são atingidos direta ou indiretamente. Um exemplo disso são as verbas de saúde que são destinadas ao tratamento de problemas relacionados ao cigarro e que poderiam ser deslocadas para outros fins, como criação de novas escolas, hospitais e saneamento básico".
Na próxima segunda-feira é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Para destacar essa data, as agentes comunitárias de Saúde serão orientadas sobre a importância da padronização das embalagens de cigarro. A padronização está respaldada na Convenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Controle do Tabaco, tratado internacional de saúde ratificado por 180 países, incluindo o Brasil. A ideia é discutir a padronização de embalagens de produtos do tabaco como estratégia para redução do tabagismo, especialmente entre os mais jovens.
Tratamento para largar o vício
Sobre o Programa de Tabagismo, a coordenadora Aneli Mior explicou que a procura em Seara continua. "Nesse ano foram organizados três grupos, dos quais dois foram encerrados e um tem sequência". Os interessados podem procurar o Caps.

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