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Um vilão da saúde pública

  • - Silvania Mior venceu a luta contra o tabagismo.

O tabagismo é um dos grandes vilões da sociedade. Apesar de as notícias atuais indicarem uma redução do vício, os números de consumidores ainda são alarmantes e os problemas provocados pelo cigarro, assustadores.

O fumo é um produto legalizado, porém causa a morte da metade de seus usuários regulares. Significa que, de 1,3 bilhão de fumantes no mundo, 650 milhões vão morrer prematuramente por causa do fumo. O assunto é sério e preocupante, uma questão de saúde pública.
Em Seara, desde 2010 há uma mobilização para combater o vício com atendimento e tratamento específicos aos fumantes, conforme relata a coordenadora do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo, Aneli Mior. O trabalho é realizado através do Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
Atualmente há um grupo com 11 fumantes em tratamento e Silvania Dias Mior é um deles.Ela fumava desde os 14 anos de idade, cerca de dois a três maços por dia. Hoje, aos 29 anos, integra o grupo que está em tratamento no Caps. Conta que buscou ajuda quando percebeu que sua saúde estava debilitada. "Eu quis me dar uma nova chance de vida sem o tabagismo, que é um vício terrível. Um sofrimento que não se tem noção".
Destaca que "com o apoio que estamos tendo e o acompanhamento dos profissionais da saúde está muito bom. Estou sem fumar há 30 dias, desde que comecei o tratamento. O suporte que nos dão é muito bom". As crises de abstinência são as fases mais difíceis do processo, segundo a ex-fumante. "Nosso psicológico fica abalado, causa nervosismo, mas a gente precisa procurar outro foco. No meu caso, estou me dedicando às aulas de violão. Tem sido uma terapia, me tranquiliza, tem me ajudado bastante". Silvania ainda está usando os adesivos e a medicação para vencer a batalha. No entanto, se mostra firme na decisão de abandonar o vício de vez. "O tratamento ajuda, mas o que ajuda 99% a gente a parar é nossa vontade e determinação".
A coordenadora do programa, Aneli Mior explica que o trabalho acontece em etapas. São formados grupos de até 15 pessoas. Em seguida é feita avaliação de cada integrante e então iniciam os encontros com orientações, palestras, apoio psicológico de fortalecimento. São quatro sessões semanais e mais oito de manutenção. "A primeira fase é mais fácil. Quando acontece a decisão de parar e há a parada, o problema é a manutenção, pois o tabagismo causa dependência química, é uma doença", esclarece.
Os pacientes recebem medicamentos disponibilizados pelo governo federal, que ajudam a suportar a falta da nicotina e evitar recaídas. Através do programa, de acordo com Aneli, em torno de 75% dos pacientes que passam pelo tratamento conseguem se libertar da dependência. 
Brasil
O Dia Nacional de Combate ao Fumo é comemorado em 29 de agosto. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes. São 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens, mas a redução coloca o país entre os campeões de queda do volume de pessoas que consomem tabaco, segundo as recentes pesquisas divulgadas, que apontam que entre 1990 e 2015 a porcentagem de fumantes diários no país caiu de 29% para 12% entre os homens e de 19% para 8% entre as mulheres.

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