Verão amplia necessidade de sangue
A série de reportagens de Verão desta semana trata a escassez de doadores no período de férias.
O momento é delicado, pois é justamente nessa época de veraneio que ocorrem mais acidentes de trânsito e aumenta consideravelmente a necessidade de sangue nos hemocentros para os procedimentos cirúrgicos e de atendimentos a pacientes que necessitam de transfusões. O Hemosc de Chapecó, por exemplo, já está sentindo a falta dos tipos O negativo, B negativo e AB negativo. No entanto, as demais tipagens sanguíneas também são necessárias.
Os responsáveis pelo banco de sangue estão solicitando que os doadores procurem o local especialmente antes do período do Carnaval, para que possam ser reabastecidos os estoques. Este simples ato, rápido e seguro, significa salvaguardar não uma, mas várias vidas, pois o material coletado é separado em seus componentes dentro de seis a oito horas no setor de processamento. Cada componente do sangue tem uma finalidade. Os glóbulos vermelhos servem para tratar anemias. O plasma, parte líquida do sangue, serve para tratar hemorragias. Parte do plasma é encaminhado para indústrias que produzem fatores de coagulação utilizados para tratamento de hemofílicos, e as plaquetas são para tratar ou evitar sangramentos em pessoas que fazem quimioterapias. O assunto é bastante sério e o material é considerado uma relíquia porque vale vidas de pessoas de todas as idades. É importante salientar a validade dos hemocomponentes. O concentrado de hemáceas dura em média de 28 a 35 dias à temperatura de quatro graus; o concentrado de plaquetas de 72 horas ou cinco dias na temperatura ambiente. Já o plasma 12 meses, Fator VIII ou Crio Precipitado, 12 meses.
Quem doa não perde nada, mas quem recebe ganha uma nova oportunidade de estar vivo. Não precisam agendar. A coleta é por ordem de chegada, basta comparecer ao Hemosc. O doador recebe um lanche e ganha um atestado de doação para apresentar às empresas justificando a ausência.
Não pode doar sangue quem tem ou teve doenças como hepatite após os 11 anos de idade; lepra (hanseníase); Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto; doença auto-imune; doença de chagas; AIDS; problemas cardíacos (necessita avaliação e declaração do seu cardiologista); diabetes e câncer. Outras situações, como ter feito ou estar fazendo uso de drogas ilícitas nos últimos 12 meses, manter relações sexuais de risco e gestantes ou mulheres que amamentam bebês com menos de 12 meses também são impossibilitados de doar.
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