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O perigo de estar na rua de madrugada

A matéria a seguir serve de alerta às autoridades e à população em geral sobre uma situação que preocupa a comunidade, especialmente as pessoas que precisam se deslocar ao trabalho à noite e, principalmente, de madrugada.

Não é de hoje que a população searaense clama por mais segurança e policiamento.
Relatos de pessoas agredidas ou que foram ameaçadas nestas condições são comuns. Quem transita nestes horários, especialmente mulheres sozinhas, convive com o medo e a insegurança.
Na madrugada do último sábado, uma mulher de 35 anos, moradora do bairro São Daniel, se dirigia de casa para o trabalho na empresa JBS, quando, por volta das 3h30, na avenida Paludo, próximo à empresa Lucel, percebeu que um jovem em atitude suspeita vinha em sua direção. "O rapaz me parou e começou a fazer muitas perguntas. Queria saber meu nome, nacionalidade e tentou pegar no meu braço. Falei para ele não me tocar, se não ia gritar e chamar a polícia", explica a vítima, que estava sozinha.
A mulher relatou não conhecer o indivíduo. Segundo ela, estava em visível estado de embriaguez. A vítima ficou cerca de 15 minutos tentando se livrar do homem e seguir para o trabalho. "Ele não aparentava estar armado, mas queria me tocar, me agarrar. Pediu se eu era muçulmana. Pra despistar eu disse que sim e nesse momento empurrei ele e saí correndo", conta.
Muito abalada psicologicamente e com medo de que mais alguém pudesse estar por perto, a mulher foi correndo até próximo da portaria da JBS. "Fiquei muito assustada. Passa muita coisa pela cabeça do que poderia ter acontecido. Fiquei quase 15 minutos e não passou ninguém. Não vi polícia nem guardas".
Incomodada com a situação, a trabalhadora da JBS, casada e mãe de três filhos, diz que "não dá pra andar sozinha na rua à noite. A nossa segurança é muito precária. Comigo não foi nada além do susto, mas quem sabe não pode acontecer com outros e muito pior, como inclusive já aconteceu".
Um dos últimos casos que gerou grande repercussão ocorreu no dia 25 de março. Dois homens forçaram uma mulher a entrar em um veículo próximo à praça do bairro São João e a estupraram por várias horas em uma residência na região de Caraíba.
Rondas realizadas
Ciente das dificuldades a Polícia Militar de Seara, o sargento Ronning explicou que rondas são feitas diariamente em todos os bairros e na madrugada com uma guarnição na rua. "Mas o efetivo é reduzido e não podemos estar em todo lugar. A orientação é que, se possível, andar em grupo e quando perceber algo ou alguém suspeito que comunique a polícia. Não precisa se identificar e vamos verificar a situação", finaliza o sargento. 

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